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O secretário-geral da Rio+20, o chinês Sha Zukang, defendeu ontem mais ambição em relação à conferência, que será realizada no Rio de Janeiro em junho e tem como mote o desenvolvimento sustentável. Mas não especificou o número de metas nem o nível de ambição, dizendo que ainda é um assunto para discussão. Ele também admitiu que os reflexos da crise financeira internacional e as eleições que ocorrem em vários países, como nos Estados Unidos, podem atrapalhar as negociações.

"A Rio+20 é uma das mais importantes conferências da história das Nações Unidas. Nós devemos ter metas altas, ser ambiciosos, elevar o nível de ambição, porque não é uma conferência comum", disse.

Zukang destacou o papel dos países desenvolvidos, tradicionais doadores de ajuda, mas que estão enfrentando dificuldades econômicas. "Neste momento, eles estão lutando consigo mesmos. Eles estão tendo dificuldades, na Europa em especial. Para ser uma economia verde, particularmente para países em desenvolvimento, pelo menos no início nós precisamos de um forte compromisso internacional. Isso implica em mais ajuda dos países desenvolvidos. Então este é um assunto que pode criar algum tipo de dificuldade.

Zukang defendeu um papel ativo das economias emergentes, grupo que inclui China e Brasil, entre outros. "Os países em desenvolvimento precisam de financiamento, de tecnologia, de capacidade. Claro que eles têm que trabalhar mais duro entre eles. Ao mesmo tempo, eles precisam de ajuda de fora, de apoio dos países desenvolvidos. E aqueles países em desenvolvimento, que têm a capacidade de ajudar, também devem fazê-lo, incluindo meu país, a China, e a Índia, ou o que eles chamam de economias emergentes. Vamos também ajudar."

Questionado sobre reforma da Organização das Nações Unidas, Zukang defendeu o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a criação do Conselho de Desenvolvimento Sustentável, que seria um órgão mais forte que a Comissão de Desenvolvimento Sustentável.

Ele ressaltou o papel da mídia para cobrar responsabilidades das autoridades e resultados da conferência. Entre os assuntos importantes a serem discutidos, ele citou os oceanos, a produção de energia e o saneamento.

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