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Uma reunião nesta quarta-feira (15) entre os secretários estaduais de saúde do Paraná, Gilberto Martin, de Santa Catarina, Luiz Eduardo Cherem, e do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, definiu a unificação de um protocolo para os três estados no combate à gripe A H1N1. No Paraná já são 51 casos confirmados de infecção pela nova gripe.

A ação conjunta tem o objetivo de estabelecer padrões para o controle do vírus nos estados do Sul. "A finalidade é unificar as ações nos três estados, uma vez que eles têm a mesma característica climática e a mesma preocupação com a região de fronteira", disse o secretário de Saúde do Paraná, Gilberto Martin, à Agência Estadual de Notícias (AEN).

Os secretários querem fazer uma ação integrada para cobrir todos os pontos de fronteira, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que faz a fiscalização nestas áreas. Uma proposta de unificação dos protocolos deve ser encaminhada aos ministérios da Saúde do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

"Temos uma preocupação diferente dos outros estados da Federação, uma vez temos fronteira aberta com a Argentina, país com grande número de casos confirmados", disse o secretário de Santa Catarina, Luiz Eduardo Cherem, à AEN.

Exames

Os secretários reiteraram a posição de descentralização para a realização dos exames sobre a nova gripe. Atualmente, somente os institutos Evandro Chagas, Adolfo Lutz e Fiocruz são autorizados pelo Ministério da Saúde para fazerem os exames. Os secretários afirmam que isso pode aumentar o tempo de espera para o resultado dos laudos. Todos afirmam que os laboratórios na região Sul têm condições técnicas e recursos humanos para fazer os exames. "Vamos intensificar a vigilância na área de fronteira nos três estados do Sul para tentar evitar o crescimento do número de casos. Também reiteramos o pedido ao Ministério da Saúde para que os exames sejam realizados nos Lacens", afirmou o secretário do Rio Grande do Sul, Osmar Terra, para depois completar: "Os Lacens (Laboratório Central do Estado) do Paraná e do Rio Grande do Sul estão preparados para realizar estes exames e poderão colaborar na realização dos exames".

Epidemia

O secretário do Rio Grande do Sul afirmou que é inevitável uma epidemia da nova gripe no país. "Esse controle todo que estamos fazendo serve para retardar, diminuir o número de casos, mas é inevitável uma epidemia", disse Terra.

O secretário ressalta que poucos casos evoluem para óbito. "O Brasil já mostrou que tem capacidade para enfrentar a doença, até porque conseguiu retardar bastante a entrada do vírus", afirmou.

Mortes suspeitas

Quatro pessoas morreram no Rio Grande do Sul nos últimos cinco dias com sinais que indicam ser da nova gripe. Três mortes ocorreram em Passo Fundo (RS) e uma em Santa Maria (RS).

Segundo a Secretaria de Saúde, não há confirmação se as mortes realmente foram provocadas pela nova gripe. O governo também informou que não há prazo para a conclusão dos exames que vão determinar a causa da morte dos pacientes.

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