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Cursos de sedução não são novidades em Curitiba. Em agosto do ano passado, o estudante de Medicina Eduardo Playtool, 23 anos, criou a Tornado Social, auto-proclamada primeira escola de sedução do Brasil. Desde então, Playtool já formou um verdadeiro exército de Don Juan pelas cidades em que passou para ministrar workshops. Passados alguns meses, esta é a vez de as mulheres curitibanas terem a disposição uma "escola de sedução".

O fenômeno, todavia, não é novo nem para as mulheres. No Estados Unidos, por exemplo, manuais de conquista e escolas de sedução já existem há anos. Sites e fóruns que dão dicas aos aprendizes de Don Juans também são antigos e crescem em uma quantidade difícil de precisar.

"Nunca foi tão fácil se relacionar e, ao mesmo tempo, tão difícil", avalia a psicóloga e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Maria Virgínia Grassi, que é avessa aos tais cursos de sedução. "São simplistas, reducionistas, incentivam relações falsas e jogos de sedução", diz.

Segundo ela, não há como efetivar atitudes específicas frente a determinada pessoa, baseado em uma espécie de rótulo. "As pessoas não são um ‘eu absoluto’, elas são sempre um ‘eu em relação a outra pessoa’", explica.

Já a psicóloga, especialista em terapia familiar e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Renate Vicente, acredita que os cursos podem ser uma boa pedida. "O amor não se ensina, mas a sedução, assim como qualquer outro comportamento, pode ser aprendido", afirma.

De acordo com ela, quem se submete a estes cursos podem sair de um comportamento de compulsão que leva a repetição do erro. "Se sempre faz igual, sempre terá o mesmo resultado", observa. (TC)

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