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A segunda fase do julgamento do episódio conhecido como massacre do Carandiru será composta por sete jurados homens. Nenhuma mulher foi escolhida. A segunda etapa do julgamento deve começar nesta segunda-feira (29).

O júri decidirá o futuro dos policiais acusados pelo maior número de mortes no massacre de 1992: 73 dos 111 detentos.

Caso sejam condenados, cada um dos 26 PMs pode receber uma pena de 876 anos - mas só poderão ficar presos no máximo 30 anos, de acordo com a lei vigente. Isso acontecerá caso o júri entenda que eles são responsáveis por todas as 73 mortes.

Esse foi o entendimento dos jurados na primeira fase do julgamento, em abril. Os 23 PMs julgados na ocasião foram condenados a 156 anos de prisão por 13 mortes.

O júri entendeu que todos contribuíram igualmente para cada morte, tese da Promotoria. Eles recorrem livres.

No total, morreram no massacre 111 presos. Mas para facilitar o julgamento, o processo teve de ser desmembrado em quatro júris. Os acusados foram divididos em grupos, de acordo com os andares em que atuaram no dia.

Os que começam a ser julgados hoje eram do grupo da Rota (tropa de elite da PM) que entrou no 2º andar do Carandiru, onde foi registrada a maior parte das mortes.

Naquele andar, 30 policiais foram acusados, mas três deles já morreram. Um quarto PM também foi retirado do julgamento e só poderá ir a júri quando a Justiça julgar o pedido de alegação de insanidade mental da defesa.

Dos 26 PMs que serão julgados, ao menos nove continuam na ativa, segundo o Ministério Público. Entre os policiais que estarão no banco dos réus está o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, que foi comandante da Rota por dez meses, entre os anos de 2011 e 2012.

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