No último contato com Eliza Samudio, desaparecida há quase um mês, uma amiga de São Paulo conta que a jovem estava bem e feliz. "Ela disse pra mim que estava em Minas Gerais e que o Bruno tinha acabado de pegar o bebê para levar para a família dele conhecer", diz ao portal G1. A amiga pede para que seu nome seja mantido em sigilo.
A afirmação contradiz a declaração do goleiro Bruno feita na quinta-feira (1º). Segundo ele, Eliza deixou o filho com um amigo seu, conhecido como Macarrão, para resolver questões pessoais. "Estive com ela [Eliza] há uns dois, três meses atrás, quando fui conhecer a criança. Quando a criança chegou até a mim eu estava no sítio. O meu funcionário que trouxe para mim", diz Bruno.
Depois dessa ligação, que, segundo a amiga, teria ocorrido entre 7 e 9 de junho, Eliza não foi mais localizada. A amiga, que pediu para não ter o nome divulgado, também não sabe dizer exatamente em que lugar de Minas Eliza estava.
Eliza teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, no ano passado, e tentava provar na Justiça a paternidade do filho, que seria do jogador. O atleta é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza.
A amiga conta que conheceu Eliza por meio de uma colega em comum. "Ela estava passando um sufoco e essa amiga em comum pediu que eu a ajudasse a encontrar um lugar para ficar. Pedi autorização para minha mãe, que a recebeu muito bem", afirma.
Eliza morou com a mãe da amiga por cerca de 10 meses. Ela já estava grávida e passou os primeiros meses de vida do filho com a senhora, antes de desaparecer. "Fui eu que levei Eliza para o aeroporto no dia 13 de maio. Ela foi para o Rio de Janeiro e, segundo o que nos contou, estava em contato com um amigo do Bruno. Ela mesma comprou a passagem. Eu falei pra ela não ir, mas ela decidiu."
O objetivo de Eliza, segundo a amiga, era fazer um acordo com o jogador, no Rio. "Ele disse a ela que faria o teste de paternidade." No Rio, Bruno teria visitado Eliza e a criança. "Ela comentou comigo que ele foi ver o bebê quando ela estava em um hotel e até pediu o álbum da criança. Ela contou também que ele sugeriu que ela morasse no Rio de Janeiro porque era difícil ele ir para São Paulo", afirma.
Na última vez que falou com Eliza, a amiga conta que a jovem disse que estava em Minas Gerais e que pretendia voltar em poucos dias para São Paulo para pegar roupas do filho. "Depois que ela me contou isso, perguntei se a criança estava bem. Ela disse que sim, que o Bruno tinha passado pra pegar a criança e levado para a família dele ver. Disse com essas palavras, super calma, normal", diz.
Depois disso, a amiga conta que não conseguiu mais falar com Eliza e que recebeu, "em choque", a notícia do desaparecimento pela imprensa.
"Só Deus vai dar uma luz para sabermos onde ela está. Só sei dizer que ela jamais iria deixar o filho sozinho. Ela era uma mãezona, não deixava ele para nada, era uma boa mãe", afirma. A amiga diz que falou à polícia de São Paulo, por telefone, sobre seu último contato com Eliza.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Proposta do Código Civil chega nesta quarta ao Senado trazendo riscos sociais e jurídicos
Método de aborto que CFM baniu é usado em corredor da morte e eutanásia de animais
Deixe sua opinião