| Foto: Valter Campanato/ABr

Monitoramento

14 estrangeiros continuarão a ser monitorados em Cascavel, no Oeste, mesmo após a suspeita de contaminação por ebola do guineano Soulyname Bah ter sido descartada. Dos 14 estrangeiros, nove são da Guiné. No albergue André Luiz, onde Bah se hospedou, os funcionários passaram a trabalhar paramentados com aventais, máscaras, óculos de proteção e luvas. Eles também estão verificando a temperatura de todas as pessoas que pernoitam no local.

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O resultado do segundo exame laboratorial feito em Souleymane Bah, 47 anos, primeiro caso suspeito de ebola no Brasil, também é negativo, o que descarta em definitivo a possibilidade de infecção do paciente da Guiné pelo vírus.

Bah chegou ao Brasil em 19 de setembro, vindo da Guiné – um dos países mais afetados pela doença no momento. Na quinta-feira, ele deu entrada em uma UPA de Cascavel, Oeste do Paraná, relatando febre, tosse e dor de garganta no dia anterior. Desde que foi admitido e isolado na UPA, porém, o paciente não apresentou nenhum sintoma característico do ebola – como febre, hemorragia e vômitos. Na sexta-feira cedo, Bah foi transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio.

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Um primeiro teste, cujo resultado foi divulgado no sábado, deu resultado negativo para infecção por ebola. Pelo protocolo, no entanto, um segundo exame deveria ser feito 48 horas após o primeiro para descartar a doença. O resultado deste segundo exame foi divulgado na tarde de ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro (foto).

Descartada a doença, será desmontado o esquema que monitorava, desde a última quinta-feira, as dezenas de pessoas que tiveram contato com Bah – na UPA e no local onde ele mora – e o eventual surgimento de febre e outros sintomas para o ebola. Assim que receber alta, Bah poderá retornar ao Paraná em um avião de carreira, e aguardar o resultado do seu pedido de refúgio.

Procedimentos

Segundo Chioro, o protocolo adotado no caso de Bah deve permanecer para outras eventuais suspeitas que apareçam no país. O ministro disse que nenhuma modificação deve ser feita no modus operandi estabelecido para barrar a entrada da doença no Brasil. "Todas as medidas de prevenção e de vigilância em relação ao ebola permanecem. Ao mesmo tempo em que passamos tranquilidade à população, entendemos que se trata de uma enfermidade de risco pequeno, mas que não podem ser descartadas as medidas de prevenção", avaliou.

Colaborou Luiz Carlos da Cruz

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