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Quarenta mil carros chegam a passar por dia pela ponte: poucos policiais e muito movimento | Marcos Labanca/ Gazeta do Povo
Quarenta mil carros chegam a passar por dia pela ponte: poucos policiais e muito movimento| Foto: Marcos Labanca/ Gazeta do Povo

Interatividade

Além do policiamento, que outras medidas de segurança faltam na Ponte da Amizade hoje?

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O assassinato da turista gaúcha Noiara Elisabete Bonatto de Souza, de 26 anos, durante uma tentativa de assalto sobre a Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, no último sábado, trouxe novamente à tona um problema antigo na fronteira: a fragilidade da segurança sobre a via por onde passam cerca de 40 mil veículos nos dias de maior movimento. A Polícia Federal promete restabelecer a presença na região logo que os novos agentes cheguem para reforçar o efetivo.Noiara e o namorado, Diego Ramires de Freitas, de 34 anos, se dirigiam ao Paraguai a pé por volta das 6 horas quando foram surpreendidos por um rapaz, aparentemente menor de idade, que passou por eles correndo, se virou, atirou e só depois anunciou o assalto. Antes de pular a grade que separa a pista da passarela e fugir em uma moto com placas paraguaias em direção ao Brasil, o assaltante ainda roubou R$ 4 mil de outros dois casais de gaúchos que vinham logo atrás. Até a tarde de ontem ninguém havia sido preso.

Fragilidades

A grande movimentação de pessoas na Ponte da Amizade e a falta de policiamento são um convite para a prática de crimes. Grades de ferro próximas à cabeceira do lado brasileiro são frequentemente reforçadas e remendadas para evitar que responsáveis pelo transporte consigam lançar mercadorias para outros contrabandistas que aguardam na barranca do Rio Paraná. Nas longas filas de veículos que se formam na BR-277 na saída do país, o alvo são motoristas e passageiros desatentos.

Câmeras ajudam no monitoramento da região e assaltantes são presos com frequência, mas a quantidade insuficiente de policiais federais e rodoviários acaba facilitando a ação dos bandidos. "O ideal seria que o efetivo das duas corporações fosse ampliado. Mas, enquanto isso não acontece, estamos em tratativa para que a Polícia Federal reative o posto móvel que ficava sobre a ponte para que ele sirva como ponto de apoio", adiantou o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal em Foz do Iguaçu, Julio César Kloster.

Operações conjuntas e investidas de surpresa estão nos planos da PF. "A presença policial e estrutura física adequada são algumas das alternativas que temos para evitar a criminalidade naquele ponto da fronteira", comentou o delegado-executivo Rodrigo de Campos Costa. Os novos policiais designados para a fronteira devem reforçar o patrulhamento na Ponte da Amizade em cerca de 45 dias.

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