Além de investimentos no transporte coletivo para que a população deixe o carro na garagem, outra preocupação atrai o interesse de especialistas em trânsito e transporte urbano: segurança para conter o elevado número de mortes nas ruas brasileiras. Por dia, o trânsito no Brasil mata 100 pessoas e deixa mais de mil feridos, sendo 70 paraplégicos. Outras duas preocupações fundamentais movem os especialistas: o planejamento urbano e as questões ambientais. Todos esses temas foram debatidos ontem, na Sessão Especial sobre Políticas de Transporte Urbano.
Entre 1998 e 2006, aproximadamente 28 mil motociclistas morreram nas ruas brasileiras uma morte para cada 850 novas motos. De acordo com o assessor técnico da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Eduardo Alcântara Vasconcellos, o problema, além do desperdício de vidas, está na mentalidade do brasileiro. "A população não enxerga a segurança no trânsito como direito. Sempre entende os acidentes como destino ou preço a pagar pelo desenvolvimento", diz. "Apesar de perceber um início de mudança de cultura, isso só vai acontecer em algumas décadas", salienta.
Presidente da ANTP, Aílton Pires defende que a alta mortalidade se deve à atuação ineficaz dos governantes. "Os prefeitos não se preocupam com o trânsito e, às vezes, não multam os condutores, porque isso faz com que eles percam votos", critica. Outro ponto atacado por Pires é a falta de políticas públicas para o transporte. "A população precisa cobrar dos governantes o planejamento para resolver essa situação. Não deve ser eleito o político que não tratar desse assunto em seu caderno de propostas", diz.
Táxi
Dos quase 5,6 mil municípios brasileiros, apenas mil têm ônibus. As demais cidades não usam esse sistema por duas razões: falta de verbas para gerir o sistema e por não haver necessidade. Por essa razão, conforme estudo da ANTP, o táxi é o tipo de condução mais presente no Brasil.
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