Londrina O seguro de renda patrocinado pelo governo é um dos mais eficazes instrumentos de proteção do produtor rural em momentos de crise, como o atualmente enfrentado pelos sojicultores. Essa é uma das poucas opiniões consensuais obtidas no Congresso Brasileiro de Soja.
Na avaliação do ex-ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Moraes, um dos palestrantes, a medida ajudaria a reduzir a volatilidade cambial que prejudicou os produtores brasileiros nas últimas duas safras. "Ninguém pode plantar com o dólar a R$ 2,70 e vender a safra com o dólar a R$ 2,20", comparou o ex-ministro, que ocupou o cargo no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Pratini defendeu que o Tesouro federal banque, parcial ou integralmente, o prêmio do seguro. Segundo ele, esse tipo de subsídio é aceito pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que hoje restringe a ajuda dos governos aos produtores para combater a desigualdade no comércio internacional. Os países ricos destinam US$ 1,5 bilhão por dia à agricultura. No Brasil, de acordo com ele, seriam necessários R$ 250 milhões para custear o seguro de safra no primeiro ano de implantação.
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