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Operação surpreendeu moradores de duas favelas no Complexo da Maré, no Rio | Paulo Alvadia/Ag. O Dia
Operação surpreendeu moradores de duas favelas no Complexo da Maré, no Rio| Foto: Paulo Alvadia/Ag. O Dia

Seis pessoas morreram numa operação da Polícia Civil em duas favelas do Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, para desarticular quadrilhas de roubos de carro que se escondem no local. Entre os mortos foi identificado o traficante Alessandro Francelino dos Santos, o Pitoco. Ele era acusado de ter assassinado o repórter fotográfico do jornal O Dia André Alexandre Azevedo, o André Az, de 34 anos, numa tentativa de assalto em fevereiro do ano passado. A polícia admite que um dos mortos não tinha anotações criminais.

Numa ação inusitada – a Secretaria de Segurança não costuma realizar operações desse porte aos domingos –, 250 homens de 20 delegacias especializadas e distritais chegaram às favelas Nova Holanda e Parque União por volta das seis horas da manhã de ontem. Eles estavam sob o comando do delegado Ronaldo de Oliveira, diretor do Departamento de Polícia da Capital.

De acordo com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a data foi decidida durante o planejamento da operação – num domingo seria mais fácil cumprir os diferentes objetivos de cada delegacia, afirmou.

Um dos focos dos policiais era a quadrilha de roubo de carros, que atua na Linha Vermelha, Ilha do Governador e Bonsucesso, na zona norte, chefiada por Pitoco, que morreu ao trocar tiros com a polícia. Pitoco era acusado ainda de ter matado quatro policiais militares e tinha sete mandados de prisão expedidos contra ele.

Houve intenso confronto com os criminosos assim que a polícia chegou à Nova Holanda. Um ônibus chegou a ser atravessado num dos principais acessos à favela para dificultar a movimentação dos policiais. Um caveirão, veículo blindado, chegou a ficar retido, até a retirada do ônibus. A operação teve apoio da Coordena­doria de Recursos Especiais (Core) e de um helicóptero.

Os policiais apreenderam uma prensa utilizada na embalagem de drogas, equipamentos para o conserto de armas, quatro granadas e detiveram vinte pessoas. Foram feitas revistas em moradores, carros suspeitos foram parados e as casas foram vistoriadas, para tentar cumprir dez mandados de prisão. Um dos procurados, Rogério Rodrigues de Freitas, o Pará, foi preso. Dez carros e 24 motos roubadas foram recuperados.

Entre os seis mortos, a polícia informou que um não era traficante: Márcio Marinho de Souza, de 32 anos. Segundo parentes, ele saía de um baile funk e foi atingido por bala perdida. Uma moradora da Nova Holanda foi atingida de raspão no braço, durante a troca de tiros.

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