Seis policiais militares foram presos sob a suspeita de participarem da primeira chacina do ano, em 4 de janeiro, no Campo Limpo, zona sul de São Paulo. Na ocasião, sete pessoas foram assassinadas e duas ficaram feridas a tiros.
Todos os suspeitos estavam lotados no 37' batalhão da PM. Agora, estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes.As prisões foram anunciadas no início da noite hoje, em entrevista coletiva concedida pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira.
Essa foi a primeira chacina do ano e aconteceu em um bar na rua Reverendo Peixoto da Silva, mesma rua onde quatro PMs foram filmados matando um servente de pedreiro suspeito de praticar um crime, em novembro do ano passado.
Entre as vítimas, estava o rapper Laércio Grimas, 33, conhecido como o DJ Lah do grupo Conexão do Morro.
Segundo a polícia, ele era o alvo dos 14 atiradores que disseram ser policiais.A suspeita dos assassinos era de que o músico seria o cinegrafista amador responsável por flagrar o crime cometido pelos quatro PMs dois meses atrás. As investigações concluíram que o rapper não fez a gravação.
De acordo com testemunhas, a cena do crime foi alterada. Minutos após os tiros um carro passou pelo local e recolheu cápsulas dos projéteis que haviam sido disparados contra as vítimas.
O crime
O crime ocorreu por volta das 23h do dia 4 de janeiro, na rua Reverendo Peixoto da Silva, quando criminosos desceram de três carros e atiraram contra o bar onde estavam as vítimas. A chacina ocorreu a cerca de 20 metros de onde o vídeo amador que mostra o servente Paulo Batista Nascimento, 25, sendo encurralado e atingido por PMs foi gravado.
De acordo com testemunhas, assim que desceram do veículo, os assassinos gritaram "polícia" e começaram a atirar. Quando a PM chegou, os atiradores já tinham fugido e as vítimas que sobreviveram haviam sido socorridas a hospitais da região.
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