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Brasília – Os eleitores não perdoaram os parlamentares envolvidos no escândalo dos sanguessugas. Dos 64 deputados e 3 senadores que respondem a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e foram candidatos, a grande maioria passou longe do número necessário de votos para garantir o retorno e, de quebra, perderam o foro privilegiado para responder a prováveis processos judiciais. Só 6 foram reeleitos. Já entre os mensaleiros, dos 19 parlamentares processados, 12 acusados de receber dinheiro do valerioduto estavam concorrendo nestas eleições e 7 foram eleitos.

Os sanguessugas que tiveram sucesso nas urnas são: João Magalhães (PMDB-MG), Júnior Betão (PL-AC), Marcondes Gadelha (PSB-PB), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL-MT) e Wellington Roberto (PL-PB). O único paranaense citado entre os sanguessugas é Íris Simões (PTB). Ele concorreu à reeleição, mas os eleitores do Paraná não deram a ele a chance de continuar na Câmara dos Deputados.

Já entre os senadores apontados como participantes da operação, apenas Serys Slhessarenko (PT-MT) – que disputou o governo de Mato Grosso, mas foi derrotada – e Magno Malta (PL-ES) devem permanecer no Congresso Nacional. É que os dois foram eleitos em 2002 para um mandato de oito anos. Já o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) não teve a mesma sorte, pois foi derrotado por Cícero Lucena (PSDB).

Ao contrário dos sanguessugas, a maioria dos deputados acusados de envolvimento com o mensalão teve bom desempenho nas urnas e conseguiu se reeleger com folga.

Dos 12 parlamentares acusados de receber dinheiro do valerioduto e que disputaram a eleição, 7 conseguiram assegurar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Em São Paulo, quatro envolvidos no escândalo foram reeleitos: João Paulo Cunha (PT) conseguiu 177 mil votos e foi o petista mais votado; José Mentor (PT) teve mais de 100 mil votos; Valdemar Costa Neto (PL) renunciou para fugir do processo de cassação e também obteve mais de 100 mil votos; e Vadão Gomes (PP), que junto com José Mentor e João Paulo Cunha foi absolvido pelos colegas no Congresso.

No Pará, Paulo Rocha (PT-PA) foi eleito com mais de 80 mil votos. Ele renunciou para escapar da cassação pouco depois de o escândalo vir à tona.

O deputado Sandro Mabel (PL-GO) se elegeu com o terceiro melhor desempenho em Goiás. Ele foi inocentado pelo Conselho de Ética por falta de provas.

Dos 19 processados, apenas 3 foram cassados: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE). Só o paranaense José Janene (PP) ainda não foi julgado pelo plenário da Câmara.

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