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| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Após a aprovação do estado de greve no último sábado (25) por causa do atraso no pagamento de promoções e progressões na carreira, os servidores estaduais da Educação deram início nesta quarta-feira (29) a um calendário de mobilização em todo o estado. O primeiro ato foi em memória do dia 29 de abril, conhecido como “Batalha do Centro Cívico”. Mesmo com o estado de greve, as aulas segue normalmente na rede estadual. A exceção será 30 de agosto, data em que todos os anos há paralisação dos professores.

De acordo com a APP-Sindicato, que representa a categoria, uma série de debates e seminários devem acontecer ao longo dos próximos dois meses como forma de mobilizar e informar a categoria sobre as negociações que acontecem com o governo do estado.

O sindicato também organiza a”Caravana da Educação”, que fará debates com os professores e alunos nos 29 núcleos do estado entre os dias 28 de julho e 27 de agosto, abordando a situação da educação no país.

A caravana também quer mobilizar os servidores para uma paralisação programada para ocorrer em todas as escolas do Paraná no dia 30 de agosto. Após essa data, os servidores devem se reunir na primeira quinzena do mês de setembro para organizar as próximas ações.

Reivindicações

A entidade sindical pede que o governo pague as promoções e progressões na carreira, que estão atrasadas. De acordo com o sindicato, esses pagamentos somariam R$ 262,8 milhões e, se o atraso persistir até dezembro, o montante subiria para cerca de R$ 450 milhões. O governo do Paraná definiu há um mês que, se bancar os atrasos, não terá caixa para garantir a reposição inflacionária ao final do ano, conforme foi acordado com a categoria.

Em meio à greve do ano passado, que culminou no episódio do dia 29 de abril, a Assembleia Legislativa (Alep) aprovou um reajuste escalonado para os servidores públicos: 3,45% referentes à inflação de maio a dezembro de 2014 foram pagos em outubro de 2015; enquanto a inflação de 10,67% de 2015 foi paga em janeiro deste ano.

A lei aprovada pela Alep também prevê perdas inflacionárias de 2016 serão pagas em janeiro de 2017, juntamente com um adicional de 1%. Agora, o Executivo alega não conseguir cumprir o escalonamento e bancar as promoções e progressões atrasadas. As entidades sindicais afirmam que não vão abrir mão dos dois pagamentos.

Abrindo o diálogo

O Secretário da Casa Civil, Valdir Rossoni, afirmou que o governo do estado tem a preocupação de manter o equilíbrio das contas públicas e que o Executivo está “abrindo o debate com os servidores e com o legislativo”. Ainda de acordo com o secretário, o governo está estudando todas as possibilidades para resolver o impasse. “Não vamos tomar nenhuma medida sem planejamento. Não há nenhuma posição fechada”, afirmou.

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