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A reunião dos servidores do setor de Radiologia do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com representantes da Reitoria terminou sem acordo nesta terça-feira (24). O objetivo era tentar evitar a greve da categoria.

Como não houve acordo, os servidores irão iniciar a paralisação nesta quarta-feira (25), segundo o sindicato que representa a categoria. Aproximadamente 30% dos cem funcionários do setor devem continuar trabalhando mesmo com a greve.

A categoria exige o pagamento dos adicionais de radiação ionizante e insalubridade, determinados por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.

De acordo com José Carlos de Assis, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest), os servidores tentam negociar com a Reitoria desde outubro de 2011 e – sem avanço nas negociações – decidiram pela paralisação.

O sindicato afirmou que exames de raio-x e tomografia podem ser cancelados, porém isso ainda não foi confirmado pelo HC.

A assessoria de imprensa do HC foi procurada nesta terça-feira, por volta das 14 horas, e deve retornar em breve.

Erro processual

Segundo a assessoria de imprensa do HC, a universidade não tem como autorizar o pagamento do benefício porque a Procuradoria Regional Federal (PRF) em Porto Alegre detectou uma falha processual, uma vez que a UFPR não havia sido citada no processo.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest), 27 funcionários da radiologia ganharam o direito de receber os dois adicionais ao salário depois da decisão do TRF-4, mas a universidade ainda não iniciou o pagamento. Cerca de cem funcionários seriam beneficiados pela decisão, que aumentaria em cerca de R$ 1.300 o salário dos servidores. Os técnicos em radiologia do HC pedem melhores condições de trabalho, segundo o sindicato, já que haveria vários equipamentos novos parados e diversas especificações técnicas não sendo cumpridas, o que aumentaria a insalubridade da função.

Para a diretora geral do HC, Heda Amarante, não há problemas estruturais no hospital. "O que existe aqui hoje é uma ampla reforma, com a renovação de todos os equipamentos, para que tenhamos uma estrutura de primeiro mundo", explica. Segundo ela, uma greve neste momento vai prejudicar ainda mais os atendimentos no HC, que estão atrasados desde a greve de 2011.

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