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 | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

No Distrito de Açungui, em Rio Branco do Sul, onde está localizado o Colégio Estadual José Elias, a tevê pega apenas se tiver parabólica; rádio, só de Ponta Grossa; e, para conseguir um sinal de celular, só na "lomba" mesmo! A própria escola não dispõe de telefone fixo. A saída é usar um telefone público que fica a 200 metros do colégio ou tentar fisgar um sinal de celular na "lomba" – uma região mais alta que fica a 15 minutos do colégio. Por lá, a melhor forma de comunicação talvez seja mesmo a internet via rádio. A conexão não é banda larga e a velocidade (512 kbps) lembra os tempos da internet discada. Mesmo assim, os alunos adoram. "Muitos aqui só tiveram contato com o computador e a internet aqui", explica o vice-diretor Fabiano Moura. Letízia Gabriele Bonturin, 11 anos, aluna da 6ª série, confirma. "Só tinha mexido em casa de parente. Aqui a gente aprende olhando as coisas. Não acho devagar, não", afirma. No teste feito pela reportagem, foram necessários três minutos para carregar a página inicial do site da Gazeta do Povo.

Moura conta que, dependendo do dia e do tempo, a internet na escola pode ficar mais devagar. "Se estiver nublado, em vez de usar os 30 computadores usamos cinco", explica. "É como se tivéssemos uma Ferrari e não pudéssemos dirigir", compara. Mesmo assim, diz Moura, a implantação do laboratório de informática há três anos foi um excelente ganho para a escola. "Usamos em todas as disciplinas, os professores reservam a sala e fazem um plano de aula. Os alunos, então, sentam em duplas", explica. "Eles ficam com mais vontade de aprender, porque é algo novo para eles", diz a professora de Artes Paula Pedroso.

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