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25 transferências

Somente nesta terça-feira (22), os dois motins registrados em penitenciárias do Paraná geraram 25 transferências no sistema carcerário do estado. Das duas unidades onde ocorreram os tumultos, uma estava superlotada, e a outra, próximo à capacidade máxima.

De acordo com dados da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) desta segunda-feira (21), a Penitenciária Central do Estado abrigava neste dia 1.729 detentos em um espaço para 1.480 pessoas. Já na PEF I, havia 494 presos - dois a menos do que a capacidade máxima suportada oficialmente no local.

Das transferências, quatro foram para uma unidade superlotada. Foi o caso dos transferidos para a Penitenciária Estadual de Londrina II, que, até então, já tinha 1.108 presos em um lugar com capacidade para 1.130 vagas.

O motim organizado por 16 presos da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu I (PEF I), no Oeste do Paraná, terminou por volta das 16 horas desta terça-feira (22) – seis horas após o início da ocorrência. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), os dois agentes feitos reféns foram liberados sem ferimentos. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná disse, no entanto, que um deles sofreu um corte na mão.

O motim foi encerrado depois que a reivindicação dos presos foi atendida. Eles exigiam transferência para outras penitenciárias do estado. Quatro detentos participaram das negociações, que envolveram também a Polícia Militar, a Defensoria Pública e a direção da unidade.

Com o acordo, a Seju informou que, ainda nesta terça-feira, dez homens serão encaminhados à Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II (PEF II), quatro para a Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II), um para a Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) e outro para a Penitenciária de Francisco Beltrão.

Motim em Piraquara

Outra confusão foi registrada na Região Metropolitana de Curitiba. Presos que participaram de um motim fizeram um agente penitenciário refém na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara. O "movimento" ocorreu no Bloco 1 do complexo, na primeira galeria, e começou por volta das 9h30 da manhã desta terça-feira (22). A revolta acabou perto das 13h30, sem feridos.

Sem feridos graves

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), dos três agentes feitos reféns nesta terça-feira, um sofreu um leve corte na mão. Os outros dois não tiveram ferimentos. A entidade ressaltou que parte dos presos que fizeram a rebelião em Foz do Iguaçu já havia provocado outro motim em Curitiba, também com o objetivo de pedir transferência.

Levantamento feito pela entidade aponta que desde dezembro do ano passado, o sistema carcerário do Paraná enfrentou 15 rebeliões com 22 agentes penitenciários feitos reféns.

Terceiro caso em uma semana

Em menos de uma semana, esse foi o terceiro caso em que agentes penitenciários foram mantidos reféns em levantes organizados por detentos no Paraná.

Um motim na Penitenciária Estadual de Piraquara 2 (PEP 2) manteve por 16 horas como refém um agente penitenciário entre a última quarta (16) e quinta-feira (17). O acordo que culminou no fim do movimento de quatro presos envolveu a liberação do agente e as transferências de três presos

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