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Garis estão determinados a prosseguir com a paralisação até que sejam ouvidos por um representante da prefeitura | Tomaz Silva/Agência Brasil
Garis estão determinados a prosseguir com a paralisação até que sejam ouvidos por um representante da prefeitura| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Rio amanheceu nesta segunda-feira (3) novamente com as ruas e avenidas cruciais no roteiro do Carnaval carioca cobertas de lixo. A sujeira é decorrente de uma greve de garis iniciada na última sexta-feira (28).

Na manhã desta segunda, um grupo formado por aproximadamente 300 funcionários da Comlurb - a companhia de limpeza urbana do município - promoveu um protesto na estação da Central do Brasil, um dos locais tomados por pilhas de lixo.

Os garis estão determinados a prosseguir com a paralisação até que sejam ouvidos por um representante da prefeitura. Da Central do Brasil, eles pretendem seguir pela avenida Presidente Vargas até a sede da governo municipal, situada neste mesma via. Este é o terceiro protesto seguido dos garis durante o feriado prolongado.

Domingo (2), um representante do comando da greve informou que 40% dos 15 mil garis da cidade deixaram de trabalhar neste Carnaval. O foco da paralisação, no entanto, é o centro do Rio por ser uma área com grande concentração de blocos e também o local dos desfiles da Marquês de Sapucaí.

Nesta região, os garis conseguiram uma adesão quase total à greve, o que deu um aspecto de completo abandono em áreas de grande circulação de pessoas neste Carnaval.

O rastro de sujeira deixado por milhares de foliões dos blocos ficou pelo caminho nas principais ruas do centro, no Aterro do Flamengo, na Lapa, e até mesmo em bairros da zona sul como Ipanema.

Entre as reivindicações está o aumento do salário base de R$ 800 para R$ 1.200, além do pagamento integral das horas extras nos fins de semana.

"Esperamos ser recebidos por algum representante da prefeitura. Até lá, a greve vai continuar", disse Célio Viana, 48, um dos garis da comissão responsável pela paralisação.

O sindicato que representa os garis informou que a categoria não está em greve. A paralisação seria, portanto, uma ação conduzida por dissidentes da categoria.

No sábado (1.º), a desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ), considerou a greve abusiva e ilegal.

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