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Obra

Desabamento mata um em Porto Alegre

Uma pessoa morreu e outras nove ficaram feridas sábado, em um desabamento ocorrido em uma estação de bombeamento de esgoto na zona sul de Porto Alegre (RS). Ontem, equipes de resgate ainda faziam buscas por um operário desaparecido.

Segundo a Secretaria de Defesa Civil, os 11 operários atingidos trabalhavam para a Construtora Marco Projetos e Construções e faziam a colocação de uma viga de concreto no segundo pavimento da estação, quando ocorreu o desabamento. O operário morto no acidente foi identificado como Valtair Machado Prestes, 33 anos. Já entre os feridos, quatro permaneciam internados ontem à noite. Os outros cinco receberam atendimento em hospitais da região e foram liberados.

As buscas pelo operário desaparecido foram interrompidas às 2 horas da madrugada de ontem, devido às chuvas e vento forte, e foram retomadas no início da manhã. Uma retroescavadeira auxilia as equipes de resgate.

Folhapress

A falta de marcas de freio nos trilhos e a constatação de que até pedaços de arame eram usados para afixar estruturas do bondinho fizeram com que especialistas do Conselho Regional de En­genha­ria e Arquitetura do Rio (Crea-RJ) apontassem a falta de manutenção do veículo como causa provável do acidente que matou cinco pessoas e feriu 57 na tarde de sábado, em Santa Teresa, centro do Rio de Janeiro.

Segundo o coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea, Luiz Anto­nio Cosenza, a superlotação do bondinho – uma das causas indi­cadas pelas autoridades para a tragédia – não explica o desastre. Para ele, o mais provável é que tenha havido problemas no freio. A lotação dos bondes é de 32 passageiros sentados e oito em pé.

Sebastião Rodrigues, presidente da Central Logística, empresa do governo do Estado do Rio que administra o sistema de bondes de Santa Teresa, afirmou que todos os veículos passam por manutenção semanal e que as peças são trocadas sempre que necessário.

Moradores da região de Santa Teresa realizaram um protesto na tarde de ontem. Cerca de 300 pessoas se concentraram no local da tragédia. "É uma omissão de muito tempo que deixou chegar a este estado lamentável. Temos denunciado a má conservação do bonde e lutado por sua recuperação e nada fazem o governo de Sérgio Cabral e o Secretário (de Trans­portes) Júlio Lopes", lamenta Elzbieta Mitkie­wicz, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa.

Somente 28 horas depois do acidente o governador Sérgio Cabral comentou o episódio. Em nota, ele lamentou "profundamente" e se solidarizou com as famílias das vítimas, que "estão tendo toda a assistência do Estado". Num tom defensivo, o texto ressalta que o "Estado se manifestou logo após o acidente por meio da Secretaria de Trans­portes". "A atenção e a preocupação do Estado com os bondes – ação delegada à responsabilidade direta da Secretaria de Transportes – são constantes", diz o texto.

O bondinho descarrilou e continuou andando por cerca de 50 me­­tros, mesmo tombado, até se chocar com um poste. O bonde ficou totalmente destruído. Entre os feridos foram identificados cinco turistas estrangeiros, sendo três franceses, um português e um inglês.

Vítimas

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou ontem que dez vítimas do acidente continuavam internadas em hospitais municipais da cidade. Ontem à tarde, cerca de 150 pessoas participaram do enterro do motorneiro Nelson Correia da Silva, 57 anos, condutor do bonde. O filho dele, Nelson Correia da Silva Jr., disse que seu pai foi "um herói". "Ele fez de tudo para salvar a vida das pessoas."

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