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Curitiba – Com pouco mais de 15 dias à frente da prefeitura de Goioxim (no centro-sul do estado), Olivo Agostinho Calsa (PMDB), pede com um sinal que a equipe de reportagem da Gazeta do Povo aguarde em sua sala. Antes da entrevista, ele cobra de um secretário municipal a assiduidade do leiteiro. "Arrumamos as estradas e há famílias reclamando que não estão recebendo leite", explica. Calsa sabe que são problemas como esse que ele terá de resolver. A cidade, que está na 375.ª posição no ranking do IDH e recebe os valores médios mais altos pagos pelo Bolsa-Família, tem 80% de sua população na zona rural e sobrevive basicamente graças à produção dos pequenos agricultores e assentados e dos incentivos por eles recebidos. "Se o governo federal parar de investir nessa turma a coisa aqui fica muito feia".

Gazeta do Povo – As famílias de Goioxim recebem em média, R$ 79,11 do Bolsa-Família. Qual a importância desse dinheiro?Olivo Calsa – É fundamental. Se não vier a cidade pára. O comércio pára.

O que explica esse valor alto de repasse e a média alta de famílias atendidas?Queremos que todas as famílias pobres recebam. Queremos 100%. Para nós é fundamental. A Secretaria de Assistência Social traz o gerente da Caixa Econômica de Laranjeiras para fazer a entrega dos cartões. Nós vamos nos distritos perguntar se todo mundo está recebendo direito. Quanto mais dinheiro vier, melhor. Sem esses repasses, a criançada não vai para a escola. Não se compra material. Se compra menos comida. Goioxim pára.

A cidade também depende dos assentamentos?A situação aqui pode não ser boa, mas estaria pior sem os assentamentos. É a produção deles, de feijão, milho, fumo que sustenta a cidade. Se o governo federal parar de investir nessa turma a coisa aqui fica muito feia. (GV)

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