A paralisação da obra do Colégio Estadual Ribeirão Grande, de responsabilidade da construtora Valor, provoca outro problema para Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba . Estudantes que já chegaram à 5ª série precisam ser matriculadas em outra escola, que fica a quase dez quilômetros da comunidade. No local, há uma creche e outra escola que oferece vagas até a 4ª série.
“O povo aqui sofre e eles [os construtores e políticos] ficam numa boa”, disse o funcionário de uma empresa de reflorestamento, Abraão Alcântara, 23 anos. Ao lado dele estão duas primas, Tatieli Cardoso Bandeira e Evelin Nadine, ambas com 12 anos. Elas vão começar o calendário escolar no Colégio Estadual de Terra Boa, há 10 km de distância. “Queríamos estudar perto de casa”, disseram as duas.
A tia das meninas, Dirlei de Paula Bandeira, 32 anos, sintetizou a falta que a escola nova em Ribeirão Grande está fazendo: “Para mães como nós, seria ótimo ter um colégio aqui. Significa mais segurança. Quando a gente está trabalhando, nosso corpo está lá, mas a cabeça fica pensando nas crianças. Tudo isso que está acontecendo é uma pouca vergonha. Se faltasse dinheiro, tudo bem. Mas sobra, é mal investido e fiscalizado”, desabafou. A nova escola significaria também uma tentativa de melhorar a educação local. “As crianças vêm aqui na minha mercearia e não conseguem contar o próprio dinheiro”, mencionou Deusita Antunes de Campos, 66 anos, há 30 morando em Ribeirão Grande. Ela é proprietária da mercearia, localizada em frente da creche, próxima da construção abandonada.
-
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
-
Lula, Haddad e STF humilham Rodrigo Pacheco; acompanhe o Sem Rodeios
-
Columbia fecha campus após manifestantes contra Israel invadirem prédio
-
Após dois adiamentos, TSE julga ação que pode cassar o mandato do senador Jorge Seif