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Autorizada pela Justiça em agosto de 2007, somente ontem foi cumprida a reintegração de posse da Fazenda Salto Grande – antiga Fazenda Antarctica –, de 260 alqueires, em Marilândia do Sul, no Norte paranaense. A operação, dirigida pelo major Esmeraldo Mançano, teve a participação de cerca de 200 policiais militares de 11 batalhões de várias regiões, que não enfrentaram resistência por parte dos acampados.

O comboio da PM saiu de Apucarana às 6 horas e, por volta das 7h30, já estava na porteira principal da fazenda. Uma comissão de negociação, tendo à frente o major Mançano e o capitão Francisco Roberto Cardoso, se reuniu com líderes dos acampados, integrantes do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (Mast).

Com pouco mais de meia hora de negociação os sem-terra concordaram em sair. Eles foram informados que a reintegração seria, efetivamente, cumprida e, diante de expressiva força policial, decidiram deixar a área pacificamente.

Na operação foram mobilizados 30 carros, além de caminhões e ônibus, para garantir o transporte dos sem-terra. A principal dificuldade foi encontrar local para alojar cerca de 500 bovinos (de corte e de leite), suínos, caprinos e outros animais dos acampados. Até o fim da tarde, eles estavam sendo levados para propriedades de parentes e amigos dos sem-terra em Marilândia do Sul e Faxinal.

Já os integrantes do Mast foram levados para casas de parentes no município, com exceção de 10 famílias que não tinham para onde ir e foram alojadas, provisoriamente, no ginásio de esportes do município. Oficiais da PM informaram que eram 120 pessoas. Já o Mast sustenta que havia 120 famílias acampadas no local.

Na área de 260 alqueires, os sem-terra também cultivavam feijão, arroz, milho, mandioca e hortaliças. Ao deixar a área ontem, eles negociavam a possibilidade de fazer a colheita dessas lavouras. "Investimos em sementes, adubo e inseticida e precisamos nos ressarcir dessas despesas", argumenta Áureo César de Almeida, de 39 anos, líder do Mast no acampamento.

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