Campo Mourão Nove das 15 agências do Banco do Brasil (BB) no Paraná alvo de manifestações de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) foram desocupadas ontem um dia antes do planejado. Os trabalhadores que estavam nas unidades do BB de Quedas do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Lapa, Telêmaco Borba, Tibagi, Paranacity, Peabiru, Bituruna e Tamarana foram vencidos pelo frio, cansaço e falta de estrutura.
O recuo ocorreu mesmo sem o avanço nas negociações com o governo federal. Apesar disso, a coordenação do MST avalia que a mobilização continua forte. "Eles não conseguiram ficar mais e voltaram aos assentamentos. Isso é normal nas manifestações, mas ainda há cerca de 3 mil trabalhadores mobilizados", informa nota da assessoria de imprensa do MST. As duas principais reivindicações do grupo são maior empenho do governo na reforma agrária e a renegociação das dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Em Manoel Ribas, Pitanga, Querência do Norte, Londrina, Santa Cecília do Pavão e Palmital, a mobilização nas agências continua até hoje quando será definido pelo fim ou continuidade do protesto. Com exceção da agência de Palmital, nas demais os clientes têm acesso ao auto-atendimento e os funcionários realizam serviços internos, segundo o MST.
De acordo com coordenador de produção do MST, Luiz Alonso Sales, o movimento está tendo um resultado positivo com a abertura de negociação com o governo em relação aos custeios e investimentos de 1999 a 2006. "O governo assumiu o compromisso de renegociar as dívidas, mas não apresentou uma contraproposta. Continuamos insistindo na proposta do pagamento de 10% das dívidas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)." Conforme ele, a luta deve continuar nos próximos dias porque o governo federal ainda não se pronunciou em relação ao assentamento das 150 mil famílias sem-terra existentes no país.
Conab
Ontem também, após três dias acampados no entreposto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Apucarana, cerca de 200 integrantes do MST deixaram o local. O grupo cobrava a retomada da distribuição das cestas básicas do Programa Fome Zero. Após uma reunião com o gerente da Conab, Jeferson Raspante, houve um acordo. Raspante se comprometeu a entregar, na próxima segunda-feira, ao MST 180 toneladas de feijão, 50 toneladas de farinha de mandioca e 3,5 mil cestas básicas. José Damaceno, da coordenação estadual do MST, diz que a Conab também assumiu o compromisso de restabelecer no mês de agosto a entrega de cestas básicas, a cada 45 dias, para auxílio-alimentação de 9 mil famílias de acampados.
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