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Apucarana – Cerca de 350 agricultores de quatro assentamentos e um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam, ontem de manhã, um terreno em frente da prefeitura de Cândido Abreu (no Centro-Norte do estado). Eles exigem a presença do superintendente estadual do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Celso Lisboa de Lacerda, em Cândido Abreu.

Os manifestantes reivindicam melhorias nas estradas de acesso e internas dos assentamentos Vale da Conquista, Oziel Alves e Terra e Vida, situados em Cândido Abreu, e no assentamento Nova Itaúna, no município de Manoel Ribas. Ireno Prochinow, assentado no Nova Itaúna e que integra a coordenação estadual do MST, justifica que a mobilização dos assentados era necessária diante das dificuldades existentes nestas áreas.

"Nossos filhos perdem aulas devido às precárias condições das estradas e nós também somos prejudicados no escoamento da produção", afirma Prochinow, acrescentando que todos estão cansados de esperar pelas obras de infra-estrutura previstas nos projetos dos assentamentos.

Os sem-terra, acampados em frente à prefeitura, protestam ainda pela dificuldade de acesso a linhas de custeio para plantio. "Esperamos pela legalização das terras dos assentados, porque sem isso não temos acesso a financiamentos", diz Prochinow. Hoje, o protesto do MST pode se estender para a agência do Banco do Brasil em Cândido Abreu.

A pressão parece ter surtido efeito. O superintendente do Incra informou ontem que vai se reunir na quinta-feira com líderes de assentamentos, em Cândido Abreu.

Lacerda revelou que já tem um compromisso agendado para quarta-feira, em Jardim Alegre, quando irá conversar com uma comissão de agricultores do Assentamento 8 de abril (antiga Fazenda 7 mil).

Lacerda reconheceu que, embora já tenha recursos liberados junto à União, algumas obras de infra-estrutura em assentamentos da região estão atrasadas. "Isso se deve exclusivamente à greve no Incra, deflagrada no dia 28 de maio.

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