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Mais de mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), ocuparam no sábado, a sede da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, também conhecida como "Fazenda Brasileira", no município de Ortigueira, no Centro do estado. Outra parte da mesma propriedade, no território de Faxinal, já havia sido ocupada em janeiro de 2003 pelo MST.

De acordo com relato do gerente da propriedade, Oseás Albrecht, centenas de sem-terra chegaram na sede por volta das 5 horas, num comboio que tinha 14 caminhões, dezenas de ônibus, automóveis, motocicletas e muita gente a pé. Ele garantiu que a multidão de invasores tinha homens fortemente armados à frente. "Eles dispararam tiros para o alto, arrebentaram portas das casas dos empregados e ameaçaram todos como forma de intimidar", contou.

As treze famílias de empregados estão provisoriamente alojados em casas de amigos e parentes. Nesta terça-feira, todos os empregados devem prestar depoimento na polícia, para relatar os detalhes de como a invasão foi consumada.

Área tinha interdito proibitório deferido O proprietário da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, Osvaldo Petrilli, 72 anos, que reside em São Paulo, disse que através de seu advogado, Clóvis Roberto de Paula, deve ingressar nesta terça-feira com uma ação de conversão de interdito proibitório em ação de reintegração de posse. Ele explicou que a Justiça já havia deferido a reintegração de posse da primeira área invadida e também um interdito proibitório, para evitar que o restante da fazenda fosse ocupado pelo MST.

A Polícia Militar, tanto de Ortigueira, como de Faxinal, está acompanhando a movimentação dos sem-terra à distância, sem entrar na Fazenda Nossa Senhora do Carmo.

Sem-terras querem toda a área Na porteira da fazenda, um grupo de sem-terra informou nesta segunda que o objetivo do movimento é lutar pela desapropriação de toda a área da Fazenda Nossa Senhora do Carmo, que seria suficiente para assentar centenas de famílias da região.

Um sem-terra, que se identificou apenas pelo nome de Valdemar, disse que 800 famílias já estão nesta nova área ocupada. Ele negou que o grupo tivesse utilizado espingardas e revólveres durante a ocupação.

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