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O Movimento dos Traba­­­lhadores Sem Teto (MTST) realizou, na manhã de ontem, protestos simultâneos diante dos prédios de quatro empresas de telefonia de São Paulo e ocuparam o edifício da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), reguladora do setor. Os manifestantes que, segundo os organizadores do protesto chegaram a 2,5 mil, reclamam da qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas que atuam no país e do alto preço das tarifas.

O grupo entregou à Anatel uma lista com 25 bairros da capital paulista e da região metropolitana onde o sinal de internet e telefone é fraco, pediu mais rigor na fiscalização das operadores de telefonia e cobrou a instalação de mais antenas de celular. Representantes da Anatel e de algumas operadoras receberam comissões de sem-teto para ouvir o pedido dos grupos. O gerente da Anatel em São Paulo, Everaldo Gomes Ferreira, disse aos sem-teto que a agência fará fiscalizações nos locais indicados pelo movimento para " aferir se os parâmetros técnicos da prestação do serviço estão adequados". As visitas poderão ser acompanhadas pelo MTST. Se forem constatadas irregularidades, as prestadoras de serviço poderão ser punidas.

O prédio da Anatel, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, foi ocupado por cerca de mil integrantes do MTST por volta das 9h40. Alguns manifestantes carregavam cartazes pedindo que a telefonia volte a ser estatal. Em cartolinas, escreveram frases como "Por que na periferia o sinal é mais fraco?". Na hora da invasão, diante da cara de assustado de um segurança da Anatel, um dos sem-teto tentou acalmá-lo: "Pode ficar tranquilo. Aqui é sem vandalismo, senhor. É só entrar no prédio. Sem bagunça."

Ainda na zonal sul, os manifestantes visavam entrar no prédio onde fica a sede da Oi, na Vila Olímpia, mas os portões de vidro foram fechados antes que o grupo entrasse no local.

Embora tenha um foco maior em pautas ligadas a moradia, não foi a primeira vez que o MTST se envolveu em outros assuntos em São Paulo. Em 18 de maio, o grupo fez um ato no Hospital do M’Boi Mirim, na zona sul, para cobrar atendimento público de qualidade. Melhorias no sistema de transporte e reclamações contra a violência policial na periferia também já entraram na pauta do movimento.

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