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O câncer de mama é a principal causa de morte entre mulheres no Brasil e, até o fim de 2007, a estimativa é de que surjam 53 mil novos casos no país. Alguns dos fatores de risco não podem ser controlados, mas várias atitudes podem ser tomadas para evitar a doença. É para alertar sobre os riscos e sobre a importância do diagnóstico precoce que a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) realiza todos os anos a Semana Nacional de Saúde Mamária. Este ano, a campanha começa hoje, com o slogan "Câncer de Mama – fique de olho".

O presidente da SBM no Paraná, Eduardo Schunemann, alerta para algumas situações que podem aumentar o risco de câncer de mama, como o uso da pílula anticoncepcional durante muitos anos. "O que percebemos hoje é que as meninas começam a utilizar a pílula muito cedo, às vezes com 13 anos. Embora hoje a carga de hormônio seja bem menor do que nas pílulas antigas, a recomendação é não usar por mais de 8 ou 10 anos. Mas, aos 25, quando elas já completam mais de uma década de pílula, ainda têm muito tempo de vida sexual pela frente", explica. Da mesma forma, outras situações como ter a primeira menstruação muito cedo, a menopausa mais tarde e não ter filhos deixam a mulher exposta aos hormônios por mais tempo.

Outro ponto que ainda causa discussão é a terapia de reposição hormonal. O coordenador do setor de mama do Hospital Erasto Gaertner, Sérgio Hatschbach, explica que em alguns casos a mulher já tem células alteradas e, depois que começa a terapia, elas se nutrem com o hormônio, o que acaba levando ao câncer. "Por isso é importante uma avaliação criteriosa antes de começar o tratamento", explica.

Segundo Schunemann, um tumor leva cerca de 8 a 10 anos para atingir 1 centímetro. "Por isso é importante fazer exames todos os anos. Com o auto-exame só é possível perceber tumores com cerca de 2 cm. A tecnologia que temos hoje já permite identificar calcificações de 2 milímetros. Com isso a chance de cura é praticamente total", diz.

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