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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou ontem durante a sessão especial sobre os 50 anos da Revolta dos Colonos, movimento armado que reuniu 6 mil agricultores no Sudoeste do Paraná. O peemedebista falou especialmente sobre o levante e, nas entrelinhas, fez um paralelo da luta travada pelos posseiros com o próprio calvário para salvar o mandato. As palavras, entretanto, não renderam aplausos.

"Na história das sociedades, todos sabemos, há momentos muito especiais. São situações em que as pessoas chegam ao limite extremo de sua capacidade de aceitação da injustiça que fere, da brutalidade, da violência física e moral e da opressão que asfixia e que dilacera a própria dignidade humana. É nesses momentos que alguns se agigantam", disse.

O evento foi organizado pelo senador Alvaro Dias (PSDB) e reuniu parlamentares, prefeitos e lideranças paranaenses. A cerimônia durou uma hora e abriu os trabalhos da sessão deliberativa da tarde no Senado. Além de Renan, também discursaram Alvaro e o senador Flávio Arns (PT) – que receberam aplausos dos presentes.

Revolta

A revolta ocorreu devido ao descontentamento de colonos posseiros do Sudoeste do Paraná, que tiveram negado a posse de terras de áreas devolutas. Como protesto, armaram-se e ocuparam Francisco Beltrão para expulsar as Companhias Colonizadoras, que tinham a proteção da União. Embora de pouco destaque nacional, a luta é considerada um marco da questão agrária no Brasil.

"Lamentavelmente, a Revolta dos Posseiros é de pouco alcance público se considerada a envergadura histórica do movimento. Uma seqüência de lutas, de dor e de posturas heróicas moldura um dos movimentos sociais de maior impacto na vida nacional. Independentemente da perspectiva histórica, julgamos de suma importância para as gerações futuras que seja feito o devido resgate desse acontecimento tão relevante para o Paraná e para o país".

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