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Curitiba – O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) lança amanhã, em Curitiba, o Movimento Educação-Já. Inspirado em outras manifestações populares do passado como Diretas-Já e Fora Collor, o senador espera mobilizar a população para a "revolução pela educação". Buarque, que foi candidato à Presidência da República na eleição de 2006, diz acreditar que só uma pressão popular pode fazer os políticos investirem na qualidade de ensino no país.

O ex-ministro da Educação defende que o governo federal destine R$ 7 bilhões por ano para a educação, a ampliação do ano letivo para 220 dias, um piso salarial nacional para professores e a construção de 30 mil novas escolas e a reforma de 100 mil já em funcionamento.

A educação parece realmente ter voltado à pauta do dia do interesse dos políticos. Recentemente, o governo federal lançou o Plano de Desenvolvimento da Educação. O projeto foi elogiado até por opositores do governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ouvir ex-ministros da Educação para receber sugestões e colocar em prática o plano. Buarque antecipou-se ao convite e encaminhou uma carta ao ministro Fernando Haddad com suas propostas. "Não tenho nenhum constrangimento em apoiar o programa do Lula, se ele realmente defender a revolução na educação", afirma Buarque.

Caminhada

O senador deve chegar hoje a Curitiba. Amanhã, ele participa de uma caminhada no centro da cidade. A manifestação vai sair da Praça Santos Andrade e seguirá até a Boca Maldita, onde haverá um ato público. O movimento, que Cristovam garante ser suprapartidário, deve reunir lideranças políticas paranaenses, além de integrantes de entidades civis. No fim da tarde, o pedetista vai fazer um pronunciamento na Câmara dos Vereadores de Curitiba.

Curitiba é a segunda cidade na qual Buarque lança o movimento. O Educação Já começou na cidade de Redenção, interior do Ceará. A escolha foi simbólica. O senador afirma que é preciso fazer uma segunda abolição no país, através do acesso à educação. Redenção foi a primeira cidade no país a libertar escravos, em 25 de março de 1883 – cinco anos antes da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel.

Buarque espera que o país repita outras nações, como Coréia do Sul e Irlanda, que priorizaram a educação. Para o senador, adiar a "revolução" terá um custo destruidor do futuro do país, não apenas financeira, mas pela desigualdade.

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