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Brasília – Menos de três meses depois de ter sido empossado, o governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), o primeiro em 40 anos eleito sem o aval da família Sarney, corre o risco de ver seu estado dividido ao meio. O senador Edson Lobão (PFL-MA) conseguiu aprovar numa votação simbólica na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado um projeto de decreto legislativo de sua autoria que propõe a realização de um plebiscito sobre a criação do estado do Maranhão do Sul.

A iniciativa de Lobão (um dos mais antigos aliados do ex-presidente José Sarney) levanta suspeitas de que este projeto seria um troco à derrota imposta por Lago à senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) na eleição do ano passado e ajudaria a garantir a hegemonia de seu grupo político no Sul do estado, já que a maior concentração de votos do governador seria justamente na capital, São Luís. Mas o senador maranhense nega. "Isso é pura falácia", assegura Lobão.

Embora seu projeto tenha sido apresentado há apenas um mês, Lobão explicou que esta não é a primeira vez que propõe a divisão do Maranhão.

A primeira vez teria sido durante a Assembléia Nacional Constituinte, em 1987, mas a proposta não foi aprovada. Ele destaca que há seis anos tramita na Câmara um projeto semelhante ao seu e que estaria pronto para entrar na ordem do dia da Casa.

"O estado do Maranhão é muito grande. Mesmo dividido, o Maranhão do Sul seria o sexto maior estado do Nordeste. Trata-se de um região muito pobre, que precisa de um novo impulso econômico, assim como ocorreu com Mato Grosso do Sul e o Tocantins, hoje o estado que mais cresce no país", justifica o senador maranhense.

O senador Aloízio Mercadante (PT-SP), o único que fez questão de registrar seu voto contrário à proposta de Lobão, acha que o projeto deveria ter sido mais debatido antes de ser aprovado.

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