Circula pela internet um documento tido como a sentença de Cristo, proferida por Pôncio Pilatos. "Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judeia, dizendo-se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém", afirma o documento que estaria em um museu na Espanha.
Essa sentença que condenou Cristo, contudo, é desacreditada pelos estudiosos consultados pela reportagem. "Podemos afirmar que não possui procedência verídica essa sentença que encontramos costumeiramente na internet. Essa sentença jamais foi escrita", afirma Roberto Victor Pereira Ribeiro. A posição é explicada por Rodrigo Freitas Palma: "É fato que jamais encontraremos a sentença condenatória de Jesus pelo simples motivo de que a peça em tela não foi escrita. À época, não se imaginavam as implicações que o evento teria. Ademais, não era praxe romana fazer esse tipo de registro numa província distante, onde milhares eram condenados regularmente por afrontar o império".
- O julgamento de Jesus Cristo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Proposta do Código Civil chega nesta quarta ao Senado trazendo riscos sociais e jurídicos
Método de aborto que CFM baniu é usado em corredor da morte e eutanásia de animais
Anteprojeto do novo Código Civil será apresentado no Senado nesta semana
ONGs do movimento negro pedem indenizações cada vez mais altas em processos judiciais