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Quase um mês depois da vítima ter sido liberada, um terceiro caso de seqüestro em território paranaense veio à tona nesta semana. A história foi divulgada após um dos envolvidos com o crime morrer durante confronto com policiais civis do grupo anti-seqüestro Tigre, no início da noite de quarta-feira, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC). "Não divulgamos antes para não atrapalhar as investigações que nos levariam à prisão dos seqüestradores", afirma o delegado Riad Braga Farhat.

Segundo a polícia, o seqüestro do filho de 14 anos de um casal de empresários curitibanos ocorreu na noite de 7 de agosto, quando o adolescente chegava em casa, no bairro Umbará, dirigindo o carro da família. Dois homens armados renderam o garoto e invadiram a casa. Os pais foram algemados e deixados no banheiro. "Todos os dias os bandidos ligavam pedindo o resgate e ameaçando a vítima", conta Farhat. O valor solicitado não foi revelado.

O menino foi mantido durante 12 dias algemado em uma cabana montada no meio da Mata Atlântica, em São José dos Pinhais. O cativeiro ficava a quatro quilômetros da praça de pedágio da BR-277, que liga a capital ao litoral. De acordo com o delegado, enquanto o adolescente era vigiado por Claudinei Alves era Jorge Paula de Souza quem pedia o resgate à família. "Foram dias de trabalho tenso, intenso e desgastante até chegarmos a Souza", relata o delegado.

A vítima foi liberada no dia 18 de agosto, sem que o resgate fosse pago, logo após os policiais quase prenderem Souza. Ele dirigia um carro roubado quando foi perseguido. Depois de uma colisão, conseguiu escapar pela mata. Nove dias depois ele foi preso em Piraquara, na RMC. Na tarde de anteontem, os policiais localizaram Alves, que acabou morrendo com três tiros assim que sacou uma arma. A polícia acredita que o revólver apreendido e as algemas usadas pela dupla tenham sido roubados de um posto da Polícia Rodoviária Federal, no início de julho.

O seqüestrador que estava foragido do caso de Renascença, no Sudoeste, onde a filha de um fazendeiro foi o alvo, foi preso ontem pela polícia catarinense em Rio do Sul (SC). O nome não foi divulgado. Já os bandidos do caso de Foz do Iguaçu, que seqüestraram um menino de oito anos, ainda não foram presos. "Esses casos não têm nenhuma relação. São quadrilhas diferentes", explica Farhat.

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