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Uma equipe de profissionais da Gazeta do Povo ganhou o 33° Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo na categoria reportagem online, com uma série de matérias sobre os dez anos da lei Maria da Penha. A série lei Maria da Penha – 10 anos compilou dados, ouviu histórias e traçou um panorama mais atual sobre a lei que tornou mais rigorosa a punição para abusos domésticos. Os responsáveis pelo trabalho são Laura Beal Bordin, Fernando Martins, Anderson Gonçalves (repórteres), Guilherme Storck (infografista), Daniel Castellano (repórter fotográfico), Marcos Alexandre Jaski (webdesigner), Evandro Balmant (analista de sistema) e Robson Vilalba (designer).

Os números constatados assustam: a cada 24 horas, quase 400 mulheres são vítimas de seus parceiros, uma a cada quatro minutos. A série de reportagens, publicada em agosto desse ano, na ocasião dos dez anos em vigor da lei, constatou que os feminicídios caíram desde a implementação da Lei Maria da Penha, em 2006, e averiguou que quase 20 mil mulheres aguardam proteção judicial somente no Paraná.

Lei Maria da Penha - 10 anos

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A própria Maria da Penha, que sofreu duas tentativas de assassinato, deu uma entrevista exclusiva à Gazeta do Povo. “Quando a Lei Maria da Penha foi sancionada, muitas pessoas que não entendiam a importância buscaram enfraquecê-la. Foi pedido inclusive às instâncias superiores da Justiça que a lei fosse considerada inconstitucional porque, na Constituição, homens e mulheres são considerados iguais. Na realidade, a lei veio para fortalecer esse entendimento. A pressão internacional era nesse sentido de impunidade, já que antes não existia punição aos agressores. Nos tribunais, a violência doméstica era considerada uma violência de menor potencial ofensivo e a punição era o pagamento de cestas básicas e trabalho comunitário. Agora, já temos mais segurança”, disse.

Outro relato comovente partiu da paranaense Goretti Bussolo, da ONG Todas Marias. “Precisamos que todas as mulheres tenham direito à aplicação da lei e todas as políticas públicas instituídas por ela, como prioridade na fila do emprego, da casa própria, da creche para os filhos. Só assim a lei permitirá que a mulher saia do ciclo da violência”, alertou.

O prêmio

O prêmio Direitos Humanos de Jornalismo é entregue pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio Grande do Sul (OAB/RS), e Secretaria Regional Latino Americana da UITA (União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação, Agricultura e Afins), com o apoio da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (ARFOC/RS) e da ARFOC Brasil.

Na categoria online, três reportagens dividiram o segundo lugar e outras três ficaram na terceira colocação. Os especiais abordaram tráfico humano, perseguição ao candomblé, abuso sexual, tráfico de crianças e os BOs dos policiais militares de São Paulo. Foram 36 inscritos apenas nesta categoria do prêmio e mais de 200 no total.

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