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Veja o vídeo especial produzido pela Gazeta do Povo mostrando o último adeus a Zilda Arns

O governo de São Paulo pretende construir um memorial em homenagem à médica e sanitarista Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, que morreu na terça-feira (12) durante terremoto em Porto Príncipe, capital do Haiti. A ideia é que o monumento seja construído na zona leste da capital paulista, "que é o que ela gostaria", afirmou o governador José Serra. Segundo ele, outra proposta é dar o nome Zilda Arns ao Hospital da Criança, de Ribeirão Preto.

Serra esteve no sábao (16) na zona leste da capital, junto com o prefeito Gilberto Kassab, onde inaugurou o Parque da Integração Zilda Arns, entre os bairros de Sapopemba e São Mateus. Em seu discurso, o governador enalteceu o trabalho da médica, "que teve papel fundamental para derrubar a mortalidade infantil no Brasil". Serra recordou a época em que assumiu o Ministério da Saúde do governo FHC, em 1998, quando foi reforçada parceria com a Pastoral da Criança. "Onde a Pastoral atuou, a mortalidade infantil caiu à metade", disse. Foram reforçados trabalhos de acompanhamento às famílias, à nutrição e à higiene das crianças, fundamentais para fazer cair a mortalidade. "A doutora Zilda organizou todo esse trabalho. Centenas de milhares de crianças devem a vida a ela", explicou.

Emocionado, o governador leu trechos da última palestra de Zilda Arns: "Estou convencida de que a solução para a maioria dos problemas sociais está relacionada com a redução urgente das desigualdades sociais, com a eliminação da corrupção, com a promoção da justiça social, com o acesso à saúde e à educação de qualidade, com a ajuda mútua, financeira e técnica entre as nações, para preservação e restauração do meio ambiente". E continuou: "Como pássaros que cuidam dos seus filhos ao fazer ninhos nas árvores e nas montanhas, longe de predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, deveríamos cuidar de nossos filhos como bem sagrado, promover o respeito aos seus direitos e protegê-los".

O Parque da Integração Zilda Arns acompanha a faixa onde estão aterradas as tubulações da adutora Rio Claro, da Companhia de Saneamento do Estado (Sabesp). Segundo o governo de São Paulo, foram investidos R$ 22 milhões no projeto, que criou o quarto maior parque linear do mundo e o décimo maior da capital, com 7 5 km de extensão e 224 mil metros quadrados. Ele terá espaços interativos de esporte, entretenimento e cultura.

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