Serviço classifica o paciente para evitar fila

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O acolhimento com avaliação e classificação de risco é uma das ações da política de humanização do SUS (HumanizaSUS) que já foram implantadas na Santa Casa de Itapeva. Quando o paciente chega ao serviço de emergência, a enfermeira de plantão o acolhe, verifica seus sinais vitais e determina, com base na gravidade do quadro, quanto tempo ele pode aguardar atendimento. Os casos mais graves passam na frente.

"Antes o paciente era atendido por ordem de chegada. Às vezes ficava lá fora, passando mal e reclamando da demora. Agora, assim que chega ele já passa por uma avaliação e fica mais tranquilo", diz a enfermeira Adriana Pardin. Em funcionamento há pouco mais de um mês, a nova rotina diminuiu o estresse para pacientes e funcionários do hospital, diz o médico Marcio Tavares. "Acabou a história de quem gritar mais alto passa na frente."

Também estão sendo trabalhadas a transformação do espaço físico para torná-lo mais confortável e a visita aberta, que acaba com restrições de horário para o contato entre paciente e familiares. Embora as mudanças sejam recentes, o índice de satisfação dos usuários subiu de 70% para 76% no último ano. Houve queda no índice de mortalidade, de 5,8% para 4,16%, e de infecção hospitalar, de 1,63% para 1,39%.

A Santa Casa de Itapeva é o único hospital em um raio de 200 quilômetros e atende cerca de 300 mil pessoas de 15 cidades. Por sua importância regional e também para assegurar sua sobrevivência financeira, a instituição vem investindo desde 2003 em serviços de alta complexidade, como neurocirurgia, hemodiálise e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e recém-nascidos. "Hoje, um hospital pequeno que só atende média e baixa complexidade está com os dias contados, pois esses serviços são muito mal remunerados pelo SUS", afirma o superintendente da Santa Casa, Aristeu de Almeida.

O hospital foi avaliado pelo Cealag quando o trabalho começou, em 2008. A instituição cumpria na época cerca de 46% dos itens verificados no questionário de avaliação da gestão hospitalar, o que lhe garantia um padrão bronze de qualidade. Em agosto de 2009 uma nova avaliação foi feita e a pontuação subiu para 94%, o equivalente ao padrão ouro.