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Servidores do Hospital Regional de Ponta Grossa usam coletes da greve | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Servidores do Hospital Regional de Ponta Grossa usam coletes da greve| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

Servidores estaduais da saúde promoveram um dia de paralisação ontem em todo o Paraná. Eles cobram do governo do estado a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais e a implementação do plano de carreira da categoria. Em alguns hospitais, a adesão ao movimento – convocado pelo Sindicato dos Tra­­balhadores e Servidores em Ser­­viços Públicos de Saúde Pública e Previdência do Paraná (Sindsaú­de) – chegou a 50% do quadro de fun­­cionários. Mesmo quem não parou participou do movimento usando coletes com a palavra "greve".

Cerca de 6 mil funcionários são filiados ao sindicato. A direção da entidade não soube informar quantos efetivamente cruzaram os braços. As maiores adesões ocorreram no Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos (CPPI), em Piraquara; no Hemepar e no Hospital do Trabalhador, em Curitiba; e no Hospital Infantil, em Campo Largo, onde metade dos funcionários não trabalhou.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a população não ficou desassistida e que a adesão ao movimento foi baixa, mas em Paranaguá, no Hospital Regional, a paralisação adiou parte das consultas e cirurgias eletivas agendadas para ontem. Lá, cerca de 100 dos 691 funcionários participaram do movimento em sistema de rodízio.

A coordenadora do SindSaúde, Eloísa Helena de Souza, explicou que a principal reivindicação do movimento é a implantação da carga horária de 30 horas semanais. A jornada era adotada até 2005, mas o então governador Roberto Requião (PMDB) revogou a permissão.

Segundo a Sesa, uma comissão do governo com representantes do sindicato, formada em agosto, discute as reivindicações da categoria e avalia o impacto na folha de pagamento do estado se a redução for retomada. A Secretaria também revê as promoções (que permitem ao profissional mudar de classe) e as progressões (que estabelecem mudanças de referências na faixa salarial) dos servidores. Em outubro foram implantadas 191 promoções e, neste mês, estão previstas 1.150 progressões.

Funcionamento

Parte dos 347 servidores do Hospital Regional de Ponta Grossa, inaugurado em março de 2010, aderiu ao dia de mobilização, que contou com um ingrediente a mais: a cobrança pelo pleno funcionamento da unidade. "Estamos nos mobilizando nas associações de moradores para pedir apoio da comunidade para exigir que o hospital funcione de verdade", disse a representante do sindicato no município, Elizabete Aparecida Paes. A diretora do hospital, Scheila Mainardes, confirmou que a unidade opera com 21% de sua capacidade de leitos.

Colaborou Oswaldo Eustáquio, correspondente em Paranaguá.

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