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Um protesto conjunto, realizado na tarde desta segunda-feira (27), foi a forma encontrada por servidores da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Rodoviária Federal de Cascavel para chamar a atenção do governo. Cerca de 100 funcionários dos três órgãos federais uniram forças e se concentraram no Centro da cidade. A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público Federal, que já estão paralisados, participaram do ato em apoio aos colegas da Justiça Federal, que estão com indicativo de greve.

De acordo com o oficial de justiça e representante sindical Danilo Vili Gabert, a categoria quer a aprovação do projeto de lei 6.613/2009, que estabelece o novo plano de cargos, carreira e salários para a categoria. "Desde 2006 não tivemos nenhuma alteração nos nossos salários. E esta lei garante um reajuste salarial que ainda é menor que a correção inflacionária do período de 2006 até o ano passado", explicou.

Ainda de acordo com Gabert, o reajuste, se aplicado, chegaria a 56% nos vencimentos básicos, o que deve render um aumento real de 30% na folha de pagamento, ainda menor que a inflação que, somada, chega a 38%.

O governo federal propôs reajuste de 15,8% a partir de 2013, dividido em três anos, o que não agradou a categoria, já que iria repor a inflação apenas dos próximos anos e não dos anteriores. No final da tarde será realizada uma assembleia para os servidores decidirem se retomarão os trabalhos ou aderem à paralisação.

Funcionários do Ministério Público Federal, que deflagraram greve há dez dias, alegam que também estão há seis anos sem reajuste salarial. O último foi concedido pela Lei 11.415, em 2006. "Nós iremos aguardar até o dia 31 de agosto, data em que o governo apresentará uma contraproposta. Caso não haja acordo, a greve segue por tempo indeterminado", explicou a analista administrativa do MPF, Renata Alves.

No caso dos policiais rodoviários federais, que estão paralisados desde o último dia 23, além da reposição dos salários, eles reivindicam a ampliação do efetivo. "Estamos há quase quatro anos sem alteração salarial, e precisamos de reforço no efetivo", disse o delegado sindical Paulo Mileski.

Durante o protesto, os servidores distribuíram panfletos para que a população tenha conhecimento dos motivos da manifestação. Faixas e cartazes também expressaram a indignação dos manifestantes com a política salarial do governo. Como exigido por lei, os três órgãos mantêm 30% do efetivo trabalhando nas atividades essenciais.

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