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Servidores estaduais da área da saúde prometem paralisação de três grandes hospitais do estado por doze horas no próximo dia 25 de junho. De acordo com a diretora do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Estaduais dos Serviços de Saúde e Previdência do Paraná (SindiSaúde), Elaine Rodella, o Hospital Regional São Sebastião da Lapa, na região metropolitana de Curitiba, o Hospital Infantil de Campo Largo, também na região metropolitana, e o Hospital Regional de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, devem entrar em greve.

Além da paralisação dos três hospitais, servidores das unidades de atendimento de todo o Paraná anunciaram greve para o dia 25 de junho. Segundo a diretora do SindiSaúde, a paralisação vai respeitar a lei do servidor público celetista, que prevê que ao menos 30% da categoria continue atendendo a população durante o período de greve. "Para garantir a legalidade do movimento, comunicamos o governo hoje (18) e o Ministério Público também", explicou Elaine.

O local da manifestação em Curitiba, assim como o horário do protesto, ainda não foi decidido pelos servidores. De acordo com a diretora do SindiSaúde, outras unidades de saúde em todo o estado também pretendem aderir ao movimento. E até o final desta semana o sindicato da categoria deve informar quais serão os outros hospitais que vão ter as atividades paralisadas no dia 25 de junho.

Uma reunião com representantes da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) e com diretores do SindiSaúde está agendada também no dia 25 de junho. No dia 29 de junho, uma assembleia foi convocada e os trabalhadores deverão analisar as propostas feitas pelo governo do estado.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato com a Sesa nesta tarde de terça-feira (18), mas até as 19 horas a assessoria da secretaria não havia sido localizada para informar sobre o indicativo de greve dos servidores.

Reivindicações

A principal reivindicação dos servidores da saúde é a atualização do plano de cargos, carreiras e salários. Segundo a diretora do sindicato, Elaine Rodella, o pedido para a criação do projeto de lei sobre planos de cargos e salários foi entregue no começo do governo Beto Richa, mas não houve resposta. "Estamos há dois anos e meio negociando como o governo do estado para que o nosso plano seja regulamentado por lei, mas até agora nada", argumentou Elaine Rodella.

Além do reajuste salarial, o SindiSaúde pede aumento no vale-transporte. A proposta do governo é de R$ 124. A categoria pele aumento de 24%, o que equivale a R$ 180 de vale-transporte. Os servidores também lutam pela redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais e aposentadora especial aos 25 anos de carreira para servidores que atuam em ambientes insalubres.

Manifestação anterior

No dia 4 de junho, cerca de 600 servidores da saúde paralisaram em todo o estado, de acordo com o SindiSaúde. O protesto prejudicou o atendimento em hospitais de pelo menos cinco cidades do estado: Londrina, Paranaguá, Francisco Beltrão, Guaraqueçaba e Cascavel. O Governo do Paraná informou por meio de nota à imprensa que os atendimentos nos hospitais do estado não foram prejudicados pela paralisação. A Sesa informou que 1,6% dos servidores do estado aderiram à greve, o que representa 135 servidores do total de 8,4 mil.

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