
Cerca de 3,5 mil servidores públicos da prefeitura de São José dos Pinhais decidiram manter a paralisação das atividades, iniciada na manhã de ontem. A manutenção da medida, que abrange professores, profissionais da saúde e da área administrativa, foi decidida após a realização de uma assembleia, na tarde de ontem. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de São José dos Pinhais (Sinsep), os funcionários só voltarão ao trabalho após o prefeito Ivan Rodrigues receber representantes da classe para a discussão das reivindicações. Das 108 escolas do município, 90 estão sem aulas.A principal reivindicação da categoria diz respeito à contratação de mais servidores mediante concurso público hoje, há cerca de 6 mil concursados, mas seriam necessários 10 mil e a elaboração de um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV). "Estamos vivenciando uma avalanche de terceirizações, que estão substituindo os servidores públicos. Por serem terceirizados, esses funcionários não são devidamente treinados e não possuem segurança nenhuma", diz o presidente do Sinsep, Nelson Castanho.
Ele afirma que o PCCV é essencial para melhorar a qualidade da educação. "Estamos perdendo profissionais para o estado e a iniciativa privada. Hoje, professores com décadas de trabalho ganham menos que um recém-contratado."
Os manifestantes também querem a suspensão de uma licitação, prevista para o dia 8, que, de acordo com a categoria, pretende contratar uma empresa para terceirizar o sistema educacional do município.
Outro lado
O secretário de governo do município, Miguel Amilton Gawloski, afirma que o prefeito não receberá os manifestantes. "Eles estão exacerbando e politizando a discussão. Isso é inaceitável". O secretário diz que já foram concedidos vários benefícios aos servidores, como aumento do piso salarial e do vale-alimentação, e que o PCCV será elaborado. "Isso será feito, mas o estado tem suas amarras, não é um processo da noite para o dia."
Quanto às terceirizações, Gawloski afirma que elas são em caráter emergencial, para suprir a necessidade de funcionários surgida após a municipalização do Hospital e Maternidade São José dos Pinhais, ocorrida no ano passado, e que um concurso será realizado ainda em 2010. Ele também negou que o serviço a ser contratado na licitação possa interferir na autonomia pedagógica das escolas.
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