A partir de segunda-feira (18), os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entram em greve por tempo indeterminado em todo o país. A informação foi anunciada pela Associação dos Servidores do Incra (Assincra) nesta sexta-feira (15), por meio de nota. De acordo com a entidade, a categoria reivindica a reestruturação das carreiras, reposições salariais e melhorias das condições de trabalho.
Com a paralisação, devem ser afetados serviços de certificação de imóveis rurais e de regularização fundiária. Segundo o diretor da Assincra no Paraná, João Wagner, os cerca de 150 servidores lotados no estado devem aderir à greve. Com isso, a estimativa é que aumente a pilha de mil processos que aguardam despacho na superintendência do Incra no Paraná.
Wagner informou que os servidores exigem reposição salarial de 22%, índice que corresponderia às perdas inflacionárias referentes aos últimos quatro anos. A greve deve contar com uma série de atos e manifestações. Para a segunda-feira, estão previstos um café da manhã coletivo e uma assembleia. "O governo nos empurra para a greve. Todos os anos, a negociação é empurrada. Nós nos vemos obrigados a paralisar para forçar a negociação", disse o diretor da Assincra, em entrevista à Gazeta do Povo.
Os servidores vão apresentar à sociedade uma carta-denúncia, elaborado por três entidades que representam a categoria. O objetivo, segundo Wagner, é demonstrar o sucateamento a que os órgãos agrários foram submetidos. Segundo o Assincra, os concursos públicos para a área são "pouco atraentes", o que provocou o esvaziamento do setor.
De acordo com nota publicada pelo Assincra, o quadro pessoal do Incra foi reduzido de nove mil servidores, em 1985, para 5,7 mil trabalhadores, em 2011. No mesmo período, o órgão passou a atuar em uma área 32,7 vezes maior. O número de assentamentos geridos pelo Incra saltou de 67 para 8,7 mil.
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