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Greve dos servidores da saúde estadual do Paraná entrou nesta quarta-feira em seu oitavo dia | André Rodrigues / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Greve dos servidores da saúde estadual do Paraná entrou nesta quarta-feira em seu oitavo dia| Foto: André Rodrigues / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Protestantes fazem ato e passeata pela ruas do Centro e Centro Cívico
  • Objetivo dos protestantes é ser recebido pelo governo estadual para nova rodada de negociação
  • Trabalhadores saíram descontentes de rodada de negociação desta terça-feira e chamaram propostas do governo de
  • Organizadores da passeata calculam que 600 pessoas participam do protesto nesta quarta
  • Trabalhadores da saúde estadual fazem assembleia nesta tarde para definir se continuam ou interrompem greve nesta tarde

Os servidores da saúde estadual do Paraná, que estão em greve há oito dias, realizam nesta quarta-feira (26), em Curitiba, uma assembleia-geral para debater os rumos do movimento.

Durante a manhã, o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde) promoveu uma passeata no Centro da capital. Também participam do ato os servidores técnicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que atuam no Hospital de Clínicas (HC).

Nas contas dos organizadores do protesto, 600 pessoas, na soma dos dois grupos, participaram da caminhada. O movimento deixou o trânsito lento na Avenida Cândido de Abreu, sentido Centro-Centro Cívico, por volta das 11 horas.

Veja fotos do protesto dos servidores da saúde, em Curitiba

Marcio Vicente Oliveira, um dos representantes do SindSaúde contou que a manifestação começou na Praça Santos Andrade, por volta das 9 horas. "Nós saímos em passeata às 10 horas e esperamos que o governo do estado nos receba para uma reunião. De qualquer forma, temos assembleia às 15h30 e é meio óbvio que se o governo não nos receber, a greve vai continuar."

A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato dos Servidores em Educação do 3º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná (Sinditest-PR) até as 11 horas para saber sobre a participação da categoria no protesto.

O outro lado

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) informou, via assessoria de imprensa, que cerca de 320 funcionários de um total aproximado de 9 mil aderiram ao movimento nesta quarta-feira e que a maioria dos participantes das passeatas é de servidores que estão de folga. A entidade informou que todas as propostas à categoria já foram apresentadas e que não houve uma nova reunião com os grevistas.

Negociação dos servidores da saúde

Nesta terça-feira (25), após uma reunião, os servidores reclamaram da proposta do governo do estado de apresentar projeto de lei que prevê o Quadro Próprio da categoria. A lei, que pretende estabelecer parâmetros para a carreira dos servidores da saúde em separado do quadro geral do funcionalismo público estadual, ainda não foi apresentada aos sindicalistas. O projeto está em análise na Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap) e a promessa do governo é de mandar para apreciação da Assembleia Legislativa do Paraná até o fim deste mês.

Para conter a insatisfação dos grevistas, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou, logo após a reunião de terça-feira, a abertura de um edital para contratar entre 1,5 mil e 2 mil servidores para a Secretaria Estadual da Saúde, ainda no primeiro semestre deste ano. O governo também prometeu regularizar o pagamento de diárias aos servidores da região metropolitana que precisam se deslocar até os hospitais de Curitiba e a não suspensão do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade. Mesmo com o anúncio do governo, a categoria decidiu manter a greve por considerar que seriam apenas "promessas".

Por meio de nota divulgada pela Agência Estadual de Notícias, órgão oficial do governo do estado, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, lembrou que em março o governo realizou duas reuniões com a classe, uma no dia 14, antes da greve, e outra no dia 24, e que o diálogo com os trabalhadores é permanente. Segundo a agência, o processo de negociação envolve as secretarias da Saúde e da Administração e conta com o apoio da Procuradoria Geral do Estado.

O secretário afirma também que está atendendo à exigência do sindicato de negociar o projeto de lei do Quadro Próprio dos Servidores da Saúde.

Passeata dos servidores da saúde em Curitiba

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