Os servidores estaduais da saúde do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado desde a manhã desta quinta-feira (12). Com a nova adesão, mais algumas dezenas de funcionários públicos devem se juntar aos professores que já estão acampados na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) desde terça-feira (10).
A decisão pela greve na saúde foi tomada em assembleia realizada no último dia 7, em Guarapuava, no Centro-Sul do estado. Como explica uma das diretoras do sindicato da categoria (SindSaúde), Elaine Rodella, a paralisação é uma resposta ao pacote de austeridade proposto pelo governador Beto Richa (PSDB). O projeto tem sido rechaçado amplamente pelo funcionalismo público estadual por prever cortes nas gratificações e mudanças na previdência.
O sindicato não soube precisar o número de adesão ao movimento grevista, mas frisa que está mantendo contingente mínimo de 30% dos funcionários da saúde para não prejudicar ainda mais o serviço à população.
A reportagem esteve no Hospital do Trabalhador, em Curitiba, e constatou que o hospital funciona normalmente. Segundo funcionários, ninguém foi avisado sobre a paralisação.
A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informa que apenas 2% da categoria aderiu à greve, o que representa cerca de 200 pessoas em todo o estado. A secretaria já estuda uma possibilidade de atender aos pedidos da categoria.
Outras categorias aderem à greve
Na quarta-feira (11), os trabalhadores das universidades administradas pelo estado passaram a ter indicativos de greve aprovados ou então paralisações em andamento. Cada instituição tem um calendário, e na maioria as aulas não começaram. Mesmo assim, atividades internas já estavam sendo feitas e é provável que o cronograma do ano seja afetado.
Há também um indicativo de greve aprovado pelos agentes penitenciários. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) anunciou que se o pacotaço do governo for aprovado, os 3,9 mil agentes devem deflagrar greve.
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