A paralisação dos servidores públicos de Londrina, no Norte do Paraná, que seria de 24 horas nesta terça-feira (8), se transformou em uma greve geral por tempo indeterminado. A decisão foi tomada entre cerca de duas mil pessoas em uma assembléia realizada pela manhã, organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv). Os sete mil funcionários que compõem a categoria reivindicam principalmente uma reposição salarial de 27%,53%, índice que seria referente aos últimos seis anos.
Durante a assembléia, o presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, disse que os servidores foram "agredidos" com a suspensão do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), além de se referir a mudanças de horário e cortes de benefícios. De acordo com a reportagem do Jornal de Londrina (JL), veículo da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), Urbaneja falou ainda sobre problemas no pagamento de horas extras, licença-prêmio e auxílio-transporte.
Atendimento
A paralisação começou às 7 horas desta terça, com a adesão de 62% dos servidores, conforme o Sindserv. Dos 210 locais de trabalho, 97 ficaram fechados no período da manhã, e outros 35 aderiram ao protesto de forma parcial. A entidade orienta que a população não mande os filhos para creches e escolas municipais e também que não procure os postos de saúde. "Consideramos que os postos não são essenciais à vida", disse Urbaneja em entrevista ao JL. Será mantido o atendimento na Maternidade Municipal Lucila Balalai e na Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf).
Em nota oficial, o prefeito de Londrina Nedson Micheleti (PT) disse que a administração não tem condições de conceder reajuste salarial. "A despesa com folha de pagamento já está acima do percentual previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou.
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