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Dois funcionários de uma escola estadual de Apucarana, no Norte do Paraná, foram presos por suspeita de desviarem parte da merenda da instituição para uma creche particular da qual eles seriam sócios. O diretor e a pedagoga do colégio foram detidos pela Polícia Civil na sexta-feira à noite (11) e deixaram a prisão nesta segunda-feira (14), depois de pagarem fiança. O caso chegou ao Ministério Público do Paraná (MP) por meio de uma denúncia anônima.

De acordo com a Polícia Civil de Apucarana, que conduziu as investigações iniciais do caso junto com o MP, imagens obtidas pelas câmeras de segurança da escola teriam ajudado a confirmar a suspeita. Uma das cenas coletadas mostra o momento em que a dupla entra no depósito da escola e retira mantimentos do local.

Segundo o Ministério Público, diversos tipos de alimentos foram encontrados na creche beneficiada na sexta-feira, antes da prisão da dupla, durante um mandado de busca e apreensão liberado pela Justiça. No local foram encontrados, inclusive, embalagens com o selo da Secretaria Estadual de Educação (Seed).

“Não era uma grande quantidade que foi encontrada na creche. Mas, aqui, o que é importante não é a quantidade, mas a origem desses alimentos”, ressaltou promotor público de Apucarana, Eduardo Augusto Cabrini.

De acordo com ele, como os funcionários suspeitos preferiram se manter em silêncio, ainda não é possível saber desde quando eles vinham praticando os desvios - embora informações apontem de que os dois servidores eram sócios da creche há cerca de quatro meses. “A denúncia anônima que recebemos falava que semanalmente estavam ocorrendo desvios de alimentos. Talvez, por isso, a quantidade encontrada é pequena, para não dar sinais com uma retirada muito grande da escola e com um grande volume na creche”, conclui.

Os dois servidores, segundo a polícia, foram indiciados por peculato, quando um servidor se apropria ou desvia um bem público. A pena prevista para esse tipo de crime é de 2 a 12 anos.

O advogado Petrônio Cardoso, que defende o diretor e a pedagoga, disse que ainda não teve acesso a todas as provas do processo, e que seus clientes não irão se manifestar neste momento.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que a regional de educação de Apucarana está fazendo o repasse de informações para auxiliar nas investigações e está acompanhando o caso. A pasta irá abrir uma sindicância para apurar as supostas irregularidades.

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