Ponta Grossa - A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) recebeu ontem o ofício de reintegração de posse da fazenda São Francisco 2, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, que foi invadida no dia 6 deste mês por 35 famílias do Mo­­vimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Se­­gundo a assessoria de imprensa, ainda não há previsão de quando a ordem judicial será cumprida. No despacho, o juiz de Ponta Grossa determina o despejo em no máximo 24 horas após o recebimento da notificação, sob pena de prisão dos comandantes da Polícia Militar de Ponta Grossa e do Paraná por descumprimento à ordem judicial.

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O juiz da 4.ª Vara Cível, Fábio Marcondes Leite, expediu a reintegração no dia 10, mas diante da recusa da PM em acompanhar o oficial de Justiça até o acampamento, alegando necessitar do aval da Sesp, o juiz assinou um novo despacho no dia 11, des­­ta vez determinando o cumprimento da ordem em até 24 horas. Devido ao feriado de carnaval, o segundo ofício só foi encaminhado ontem ao comando local da PM. O documento foi então repassado ao Comando do Policiamento do Interior, que o encaminhou à Sesp.

A ordem está sendo analisada pela Coordenação de Me­­diação de Conflitos Agrários, ligada à secretaria. O objetivo, segundo a assessoria da Sesp, é promover uma desocupação pacífica. A advogada Rafaela Neves, filha do ex-policial mi­­litar Waldir Copetti Neves, que requer a área, informou que o trâmite burocrático não condiz com a atuação da PM, que deveria desocupar a fa­­zenda imediatamente. Ela disse ainda que irá pedir ao comando que, após o despejo, uma viatura policial permaneça no terreno para evitar uma nova ocupação.

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