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A maioria dos moradores de Curitiba não confia plenamente no trabalho da polícia paranaense, sente-se inseguro ao andar pela cidade e dá uma nota que não passa dos 6,3 para o trabalho das polícias na capital do estado. Os dados fazem parte de um levantamento, encomendado pela Gazeta do Povo ao instituto Paraná Pesquisas, que ouviu mais de 600 moradores da capital na semana em que a Polícia Militar (PM) completou 153 anos e o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, pediu demissão do Ministério Público (MP) para continuar à frente da pasta no governo.

Para o sociólogo e coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pedro Bodê, embora tragam críticas ao policiamento em Curitiba, os números mostram que a insegurança do curitibano não está relacionada somente à insatisfação com as polícias Civil e Militar. "Sete em dez curitibanos afirmam estar inseguros, mas quatro entre dez não confiam na polícia. Isso mostra que outros fatores, como o acesso à justiça, saúde e educação, influem na percepção da segurança", afirma.

A pesquisa também mostra que os curitibanos sentem falta de mais policiamento nas ruas e de uma maior integração entre PM, Polícia Civil e Guarda Municipal. "A sensação é de que estamos desprotegidos. É isso que os números revelam", afirma o advogado e membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dálio Zipin.

A sensação de estar desprotegida é conhecida da babá Gládis Peres Cavalcanti, de 55 anos. Há quatro anos, quando voltava de um dia inteiro de trabalho em uma cantina anexa a uma quadra de futebol, ela foi abordada por um rapaz que tentou lhe roubar a bolsa, a poucos metros do prédio onde mora. Gládis tentou segurar a bolsa e a reação irritou o assaltante. Ele lhe aplicou uma gravata, atravessou a rua com Gládis imobilizada e a espancou em um terreno baldio. Toda a cena durou cerca de 20 minutos, e, segundo a babá, ninguém tentou ajudá-la. "Rezei por uma viatura, por um carro que passasse ali e me visse apanhando", relata.

O assaltante foi embora e, minutos depois, Gládis foi socorrido pelo filho, que fora alertado de que "alguém" havia sido assaltado nas proximidades do prédio. Depois da agressão, Gládis afirma ter sido atendida com desdém pela polícia. "Demoraram para fazer o boletim de ocorrência e o delegado disse que era para eu ter morrido. Como pode isso? O normal então é a pessoa de bem ser assaltada e morta depois de um dia de trabalho?", questiona.

Leia reportagem completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo. Conteúdo exclusivo para assinantes

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