• Carregando...
Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Fortaleza – Sete pessoas acusadas de fraudar vestibulares foram presas ontem na Operação Vaga Certa, deflagrada pela Polícia Federal. De acordo com as investigações, o grupo colocava "profissionais de vestibular" para fazer as provas no lugar dos alunos. O número de beneficiados pelo esquema pode chegar a 30 – a maior parte nos cursos de Medicina e Odontologia. Há indícios de que a fraude tenha ocorrido no Paraná e em quatro outros estados.

As prisões de ontem foram realizadas no Ceará e no Rio de Janeiro. Foram presos os supostos chefes da quadrilha e "pilotos" - os alunos mais experientes usados para fazer os testes. Eles chegavam a receber R$ 6 mil por aprovação. A quadrilha também conseguia providenciar de maneira fraudulenta a transferência de alunos para universidades públicas. Segundo a PF, uma vaga chegava a valer R$ 70 mil.

O segundo passo da operação será identificar as pessoas que ingressaram em universidades públicas e particulares através do esquema usado pela quadrilha de fraudadores. Todos devem perder as suas vagas.

Quadrilha

O cearense Olavo Vieira de Macedo é apontado como o chefe do bando. De acordo com as investigações ele é formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará, está matriculado no curso de Medicina, da Universidade de Fortaleza, e havia se inscrito no vestibular da Unifor para o curso de Odontologia. A mãe dele, Maria de Fátima Vieira de Macedo, é acusada de fazer a contabilidade da quadrilha.

A PF começou a investigar o caso em agosto do ano passado. Através de escutas telefônicas, descobriu que a quadrilha atuava basicamente em concursos vestibulares cujas provas eram elaboradas pela Fundação Cesgranrio.

Com a quadrilha foi apreendida uma máquina que era usada para falsificar documentos. Também foram apreendidos relatórios. Preenchidos pelos "pilotos", esses relatórios continham informações sobre a realização da prova. Os documentos eram repassados para as pessoas que contratavam o serviço da quadrilha no caso de elas precisarem dar detalhes sobre a aplicação do concurso.

Entre as instituições que tiveram seus concursos fraudados pela quadrilha estão a Universidade Gama Filho (RJ), a Fundação Educacional Severino Sombra (RJ), a Fundação Municipal de Saúde da Prefeitura de Petrópolis (RJ), a Universidade Federal Fluminense (RJ) e a Universidade Federal de Pelotas (RS).

A Polícia Federal também investiga outras dez públicas, entre as quais, a UFC e a Universidade Estadual do Ceará. A polícia não divulgou em qual universidade paranaense há suspeitas de fraudes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]