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A possibilidade de um novo reajuste nas tarifas de pedágio cobradas pelas concessionárias que administram as rodovias paranaenses pode inviabilizar o transporte de cargas no Estado. Esta é a conclusão de entidades ligadas ao setor ao tomarem conhecimento do novo pedido de reajuste protocolado pelas concessionárias no Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na última semana. O índice solicitado para valer em 1º de dezembro - mas não aprovado - varia de 7,12 % a 18,52% para as 27 praças de pedágio.

Segundo a Agência Estadual de Notícias, para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, o novo reajuste não poderia ocorrer em momento pior. "É uma péssima fase para o transporte de cargas no Estado. Já estamos sofrendo um grande impacto devido às tarifas cobradas hoje", lamenta.

Nunes informa que o pedágio hoje representa de 5% a 8% do faturamento de um caminhão. "Não podemos repassar todo esse custo para o cliente e isso reflete diretamente em nossa margem de lucro que já é apertadíssima", constata. "O mercado já não aceita mais esse sistema", desabafa.

O presidente regional da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), Valmor Weiss, lembra que mais um aumento nas tarifas do pedágio não afeta apenas o "já debilitado setor de transportes, mas toda a sociedade".

Segundo Weiss, o que mais preocupa é a reação em cadeia, que acaba por onerar o cidadão, o consumidor final, a população paranaense e a economia do Estado. "Consideramos essa série de aumentos como mais uma loucura, mais uma demonstração do poder que têm esses senhores que foram abençoados com a cobrança do pedágio em nossas estradas", revela.

CaminhoneirosDe acordo com o diretor-presidente do Sindicato das Cooperativas de Transporte do Paraná (Sincoopar) e representante do Movimento União Brasil Caminhoneiro, Nelson Canan, os caminhoneiros autônomos são a categoria diretamente atingida e uma das mais prejudicadas com os sucessivos aumentos nas tarifas.

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