Mais um homossexual o sexto em dois meses foi assassinado no fim de semana em Curitiba. Desta vez, a vítima foi Gabriel Henrique Furquim, de 33 anos, que trabalhou em programas de prevenção à aids até 2006. Ele foi dirigente do Grupo Dignidade (1998 a 2006) e atuou na Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), no Conselho de Ética e como suplente da Secretaria da Região Sul.
O corpo de Furquim foi encontrado perto da casa dele, na Rodovia dos Minérios, quilômetro 9, no bairro do Abranches, com a garganta cortada. O crime aconteceu no domingo de madrugada.
Segundo o delegado Hamilton da Paz, titular da delegacia de Homicídios, a polícia trabalha com algumas hipóteses, como assalto, vingança, dívida com o tráfico de drogas e crime passional. "A gente já sabe que ele esteve numa boate no centro, no sábado à noite", disse.
A família da vítima não tem ideia do motivo da morte. Mas um parente contou à reportagem que ele era usuário de maconha . "A gente sabia muito pouco da sua vida", disse.
O Grupo Dignidade enviou ontem ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, pedindo urgência nas investigações. A ONG, no entanto, não vincula essa morte aos assassinatos das travestis, disse a presidente Rafaelly Wiest.
Travestis
Nos últimos dois meses, cinco travestis foram assassinadas por causa de dívidas com o tráfico de drogas. A última foi Rafaele, morta no interior de uma pensão no bairro Rebouças, no sábado retrasado. O fato deixou mais dois feridos: o seu companheiro e a travesti Soraia. Segundo a polícia, um traficante encomendou o crime por causa de uma dívida de R$ 500. Os acusados estão foragidos.
A Delegacia de Homicídios de Curitiba também esclareceu a morte de outras quatro travestis, atribuindo os crimes à quadrilha do traficante Hirosshe de Assis Eda, o Japonês. Dara foi morta no bairro das Mercês. Seu corpo foi encontrado dentro de um Fiat Uno no último dia 26. Já a travesti Jennifer foi morta no Centro de Curitiba, no dia 6 do mês passado, e Fernanda e Juliana no Trevo do Atuba, nos dias 4 de maio e 27 de abril, respectivamente.
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Elon Musk diz que Alexandre de Moraes interferiu nas eleições; acompanhe o Sem Rodeios
-
“Para Lula, indígena só serve se estiver segregado e isolado”, dispara deputada Silvia Waiãpi
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião