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Luz elétrica - Abastecimento de energia volta ao normal

Os problemas trazidos pelo temporal do fim de tarde de segunda-feira demoraram a ser resolvidos. Somente durante a noite de terça-feira, o fornecimento de luz foi restabelecido completamente nas áreas urbanas de Curitiba. No entanto, algumas regiões rurais continuavam sem luz mesmo passados dois dias após o temporal.

Depois de dois dias interditado, o Shopping Total, no bairro Portão, em Curitiba, volta a abrir suas portas para os clientes a partir de hoje, com horário de funcionamento normal, das 10 às 22 horas. No entanto, a ala azul do prédio, cujo telhado desabou no fim da tarde de segunda-feira devido ao temporal, continua fechada para visitação por no mínimo mais 20 dias. "Estamos trabalhando para que a obra de reconstrução da cobertura da ala seja entregue no máximo no dia 30 de novembro para que os lojistas possam ter lucro com as vendas de fim de ano, antes do Natal", diz a gerente de marketing do shopping, Viviane Andrade.

Porém, alguns lojistas temem que o prédio não esteja pronto nessa data e que o prejuízo seja muito grande, já que o estrago causado pelo temporal foi maior do que se imaginava. "Foi divulgado que o teto de gesso caiu, mas o teto nem é de gesso, é de isopor. E se um teto de isopor tivesse caído, nós não teríamos tanto estrago assim. O que caiu foi a estrutura metálica que dava sustentação à cobertura de toda a ala azul", conta um lojista, que preferiu não ser identificado.

O engenheiro Hermes Peyerl, coordenador da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) da prefeitura de Curitiba, que fez a vistoria no local logo após o desabamento, confirma a informação do lojista. "Não é possível projetar construções que resistam a todo tipo de intempérie. A estrutura estava bem dimensionada e adequada, projetada dentro da normalidade, mas o esforço realizado pela cobertura foi muito acima do que era previsto e a estrutura metálica dobrou", explica. No entanto, segundo o engenheiro, somente um estudo pormenorizado poderá definir como e porquê o acidente ocorreu.

A partir de agora, o shopping tem 30 dias para apresentar um laudo que contenha as informações que ainda não foram esclarecidas sobre as causas do acidente, assim como elaborar um projeto de reconstrução da ala azul. Caso as exigências não sejam cumpridas dentro do prazo dado, o shopping pode ser punido com multa. "É claro que se eles tiverem um motivo plausível e pedirem mais prazo, ele será concedido, mas a Cosedi vai continuar fiscalizando as ações da administração do shopping", afirma Peyerl.

Durante a manhã de ontem, uma nova vistoria da Cosedi foi feita para verificar a situação atual do imóvel. "A ala danificada foi fechada e a recuperação das telhas que foram deslocadas pelo vento já foi feita, fazendo com o restante do shopping pudesse ser liberado", diz. À tarde, funcionários do shopping e operários terceirizados trabalharam intensamente para retirar a estrutura metálica rompida para que uma nova cobertura possa ser construída. Enquanto isso, lojistas entraram no local para verificar o que foi perdido e o que podia ser recuperado. "Perdemos bastante coisa, provavelmente só vamos conseguir utilizar metade do estoque comprado", lamenta um deles.

Segundo Viviane, a administração do shopping pretende negociar o pagamento do prejuízo com os lojistas a partir da semana que vem. "A nossa seguradora foi acionada assim que o acidente aconteceu. Eles fizeram uma verificação e vão dar um parecer na próxima segunda. Então, poderemos ver o que a seguradora vai pagar para podermos negociar com os comerciantes."

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