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Bandeira de Israel que estava hasteada ao lado da bandeira do Brasil, em frente à agência foi retirada por precaução | Antonio Senkovski / Gazeta do Povo
Bandeira de Israel que estava hasteada ao lado da bandeira do Brasil, em frente à agência foi retirada por precaução| Foto: Antonio Senkovski / Gazeta do Povo

Um simulacro de bomba encontrado em frente a uma agência de turismo localizada na Rua Atílio Bório, no bairro Cristo Rei, mobilizou o esquadrão antibombas da Polícia Militar no começo da noite de terça-feira (29). Funcionários da agência de turismo encontraram um objeto e suspeitaram que fosse um artefato explosivo.

Segundo a Polícia Militar, os solicitantes disseram que encontraram um objeto cilíndrico em frente ao estabelecimento. Na caixa de correios, no mesmo momento, funcionários também encontraram uma carta que continha ameaças de cunho antissemita, segundo a polícia.

O nome do estabelecimento é Projeto Israel. Ele leva turistas para o país e tinha uma bandeira israelense na fachada. "Imaginamos que tenham achado que o lugar está ligado ao governo de Israel", disse o pastor Vilmar José de Souza, representante da agência.

Viaturas da Rotam (Rondas Ostensivas Tático Móvel) foram acionadas para verificar o conteúdo da carta e do artefato e pediram a presença do esquadrão antibombas para averiguar o conteúdo do objeto encontrado.

O objeto, de mais ou menos 30 centímetros, foi detonado pelos policiais e a equipe do esquadrão constatou que, na verdade, tratava-se de um simulacro de bomba – um objeto falso, não explosivo. Uma ambulância do Siate esteve no local, mas ninguém ficou ferido.

Donos de agência ficaram com medo

A reportagem esteve na tarde desta quarta-feira (30) na agência Projeto Israel e conversou com o gerente da empresa, Herivelton Batista, e com os proprietários, Agnes Matias e Paulo Zardo. Eles disseram que a carta não aparenta ser de uma ação orquestrada e que a princípio parece ser de algum fanático isolado.

Eles revelaram que a carta tinha tom de ameaça e que aquele era um primeiro ato simbólico para "chamar a atenção do mundo". O autor da correspondência, deixada com o simulacro, diz que tomou a atitude em represália aos conflitos que ocorrem entre Israel e a Palestina. Os donos da agência, no entanto, não sabem especificar quem teria feito o ato.

A agência diz que a câmera de segurança do prédio foi desligada acidentalmente por pedreiros que fizeram reparos no prédio recentemente. Moradores de prédios vizinhos se ofereceram para ajudar cedendo imagens para auxiliar nas investigações. Um Boletim de Ocorrência sobre o caso ainda vai ser registrado pelos proprietários da agência.

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